Foto26 Cory Booker Booker promete lutar para que Dreamers permaneçam vivendo nos EUA
O Senador Cory Booker (D-NJ) também prometeu parar de tratar os imigrantes indocumentados como “criminosos”

O senador democrata concorre à indicação do partido dele para as eleições presidenciais de 2020

Na terça-feira (2), o Senador Cory Booker (D-NJ) divulgou uma proposta detalhada sobre política de imigração. Ele disse que permitiria que os imigrantes indocumentados trazidos aos EUA ainda na infância, conhecidos como “Dreamers”, permanecessem no país.

Booker, que busca a indicação presidencial democrata para 2020, disse que agirá para desfazer a tentativa do Presidente Donald Trump de remover as proteções existentes contra a deportação dos Dreamers. Pouco depois de tomar posse, Trump revogou a ordem executiva do presidente Barack Obama.

O Senador também prometeu parar de tratar os imigrantes como criminosos, libertar imigrantes detidos, fechar instalações administradas por corporações privadas e parar de envolver governos locais em assuntos migratórios.

“Quando as crianças estão sendo retiradas de seus pais e mantidas em gaiolas, não vou esperar que o Congresso resolva essa crise”, disse Booker. “Nosso país deve ter um sistema de imigração que reflita nossos valores, não aquele que afaste a dignidade das pessoas que fogem do perigo, das ameaças e da violência”.

O centro de detenção do condado de Essex, que tem um contrato assinado com o Departamento de Imigração (ICE) para deter imigrantes, incluindo estrangeiros que enfrentam audiências de deportação, foi denunciado por um grupo vigilante por cometer inúmeras violações.

Booker publicou várias propostas detalhadas de política durante sua campanha, inclusive sobre controle de armas e justiça criminal. Ele disse que tentaria trabalhar com o Congresso para rever as leis de imigração dos EUA, mas usaria seus poderes executivos para atuar na ausência de ação do Congresso. Obama fez o mesmo depois que os Republicanos da Câmara dos Deputados se recusaram a votar na legislação bipartidária que foi aprovada pelo Senado e fortaleceria a segurança nas fronteiras, além de possibilitar a legalização de 11 milhões de imigrantes indocumentados.

“No primeiro dia da minha presidência, tomarei medidas imediatas para acabar com o vandalismo moral desta administração”, disse Booker. “E embora haja limites sobre o que podemos fazer para reverter os danos que já foram causados às vidas de milhares e milhares de pessoas em todo o nosso país, podemos pôr fim ao horror e virar a página para um novo capítulo da nossa história”.

Booker disse que tornaria mais fácil para os imigrantes contratar advogados e que os promotores públicos dos EUA parem de processar a maioria dos casos de pessoas que entram no país clandestinamente, a menos que representem risco à segurança pública.

Ele também revisaria as práticas do ICE e Patrulha da Fronteira (CBP), que ele disse estar “aterrorizando imigrantes em suas casas e comunidades”, permitir que mais refugiados se instalem nos EUA, mais famílias busquem asilo em seus países de origem e tentar abordar as causas que levaram a tantas pessoas a tentar imigrar para os EUA, apesar dos esforços de Trump para conter o fluxo migratório.

Durante a administração Trump, as crianças foram separadas de seus pais que cruzaram a fronteira e pediram asilo. Além disso, imigrantes indocumentados que moram nos EUA há muitos anos e que criaram suas famílias no país, de repente, foram presos e tornaram-se alvos de deportação.

Em fevereiro, Booker votou contra uma proposta orçamental para reabrir o governo federal, que incluiu o aumento de verba do Departamento de Segurança Interna (DHS). Ele disse que não poderia apoiar o financiamento de agências de imigração “com pouca supervisão ou limites apropriados”.

Fonte: Brazilian Voice