Massachusetts Institute of Technology. Imagem: Facebook.

A Universidade de Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) entraram com uma ação federal nesta quarta-feira, 8, contestando a decisão do governo Trump de impedir que estudantes internacionais fiquem nos EUA se eles fizerem aulas totalmente on-line neste outono.

A ação, movida no tribunal federal de Boston, visa impedir que as autoridades federais de imigração imponham a regra. As universidades sustentam que a diretiva viola a Lei de Procedimentos Administrativos porque os funcionários não ofereceram uma base razoável para justificar a política e porque o público não recebeu notificação para comentar sobre ela.

Em uma declaração, o Departamento de Estado dos EUA disse que, embora os estudantes internacionais sejam bem-vindos nos EUA, a política “oferece maior flexibilidade para que os estudantes não imigrantes continuem sua educação nos Estados Unidos, além de permitir um distanciamento social adequado nos campi abertos e em operação em todo o país.”

De acordo com o jornal “The New York Times”, a medida foi interpretada como uma tentativa, por parte da Casa Branca, de pressionar as universidades a reabrir os campi.

A Imigração e a Alfândega dos EUA notificou as faculdades na segunda-feira, 6, de que estudantes internacionais serão obrigados a deixar os EUA ou a transferir para outra faculdade se suas escolas operarem totalmente on-line neste outono. Os novos vistos não serão emitidos para os alunos dessas escolas, e outros nas universidades que oferecem uma mistura de aulas on-line e presenciais serão impedidos de realizar todas as aulas on-line.

Afinal, como a medida de aulas presenciais vai afetar os estudantes internacionais nos EUA?

A orientação diz que os estudantes internacionais não serão isentos, mesmo se um surto forçar suas escolas on-line durante o período de outono.

No mesmo dia, Harvard havia anunciado que manteria suas aulas on-line neste outono. Harvard diz que a diretiva impediria muitos dos 5.000 estudantes internacionais de Harvard de permanecerem nos EUA.

O presidente de Harvard, Lawrence Bacow, disse que a ordem foi recebida sem aviso prévio e que sua “crueldade” foi superada apenas por sua “imprudência”.

As diretrizes provocaram reação também de outras universidades dos EUA que dizem que os estudantes internacionais têm um lugar importante em suas comunidades. A Universidade da Califórnia anunciou novos planos para também mover uma ação contra o governo federal por violar os direitos da Universidade e de seus estudantes. Muitas escolas também passaram a depender das receitas dos estudantes internacionais, que geralmente pagam taxas mais altas. Com informações da Associated Press.

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Fonte: Gazeta News