A partir do dia 21 de novembro vai ficar ainda mais caro conseguir o visto EB-5, o chamado ‘golden visa’ voltado para investidores. De acordo com o U.S. Citizenship and Immigration Services (USCIS), os valores passam de $500 mil para $900 mil para quem quiser investir em áreas rurais e com altos índices de desemprego e de $1 milhão para $1,8 milhão para áreas onde a oferta de empregos é maior.

O USCIS informa que os novos valores têm o objetivo de modernizar
as regras e tornar mais claras as exigências para geração de empregos. O governo
informa que os valores estavam defasados e as regras obsoletas.

As Targeted Employment Areas (TEA) serão baseadas em
estatísticas oficiais de desemprego e terão que ser levadas em conta pelo
solicitante desse tipo de visto.

Anteriormente o DHS tinha a intenção de aumentar o
investimento mínimo em áreas com alto nível de desemprego para $1,3 milhão,
porém para manter a diferença de 50% entre os valores de investimento em
projetos em áreas com índice baixo de emprego, e projetos em áreas com alto
índice de emprego, resolveu diminuir o ajuste para $900 mil.

A agência também informou que em alguns casos em que for
necessário o reenvio de petição e formulários, a data de prioridade será
mantida, ou seja, os valores serão os mesmos vigentes ao tempo do protocolo
inicial.

EB-5 para brasileiros

Dados do USCIS mostram que em 2018 foram emitidos 388 vistos
EB-5 a brasileiros. O número inclui o investidor e a família, como cônjuge e
filhos de até 21 anos. Em 2017 foram
concedidos 282 vistos para brasileiros.

Segundo o advogado Daniel Toledo, advogado
especialista em Direito Internacional e sócio-diretor da Loyalty Miami, consultoria
que cuida da implantação de negócios internacionais, o EB-5 é hoje o caminho
mais rápido para se obter a residência americana.

Criado para direcionar
investimentos a regiões menos favorecidas dos EUA, o programa ficou adormecido
até a crise econômica de 2008. Em 2003, por exemplo, foram concedidos apenas 65
vistos nesta modalidade; em 2012, foram 11 mil. A arrancada brasileira foi nos
últimos dois anos. Em 2015, apenas 34 vistos deste tipo foram concedidos a
brasileiros. O número chegou a 150, em 2016 e está aumentando, como mostram os
dados acima.

Fonte: AcheiUSA