Legislação fornece US $ 1.200 para todos os residentes de Vermont, incluindo trabalhadores imigrantes

O orçamento do governador de Vermont, Phil Scott, contém US $ 5 milhões para fornecer pagamentos de US$ 1.200 para os residentes do estado que foram excluídos do financiamento da Lei CARES, incluindo trabalhadores imigrantes e suas famílias.

Vermont está prestes a se tornar o primeiro estado a oferecer um programa abrangente desse tipo, e legisladores e defensores o celebram como um movimento em direção a um tratamento mais equitativo dos imigrantes.

Mas ainda restam questões importantes sobre como o estado vai distribuir esse dinheiro e os trabalhadores imigrantes da área agrícola ainda não consideram isso uma vitória.

Muitos trabalhadores imigrantes no estado estiveram na linha de frente durante a pandemia, o que é essencial para a agricultura, hotelaria e construção. No entanto, eles ficaram inelegíveis para pagamentos de alívio do governo federal por causa de seu status de imigração ou, em alguns casos, a falta de um número de Seguro Social. Se um contribuinte tivesse um único membro da família sem status legal, a família inteira era inelegível para o financiamento da Lei CARES.

“Não me beneficia em nada ser considerado essencial, se eu não for contado como uma pessoa”, disse uma agricultora imigrante que se identificou como Pati. Ela é de Chiapas, México, e mora em Vermont há nove anos. Trabalha em uma fazenda de gado leiteiro ao norte do estado.

Ela tem sido uma líder na comunidade de trabalhadores rurais, pressionando, desde abril, para que o estado forneça pagamentos aos trabalhadores imigrantes. Quando ficou claro que a Lei CARES não os ajudaria, a notícia veio como um “grande golpe”. “Não fomos contados como se existíssemos. Mas existimos neste estado e neste país e as pessoas não querem ver isso”, disse, apontando para a ironia de que sua presença pode ser ignorada, mesmo quando seu trabalho é considerado essencial.

A pandemia tem sido um momento difícil para os trabalhadores imigrantes na área agrícola.

Além disso, Pati disse que muitos imigrantes não buscariam tratamento médico se precisassem por medo de entrar em contato com a polícia. Em particular, ela se preocupa com sua filha, que tem asma.

Os trabalhadores rurais imigrantes se organizaram por meio da Migrant Justice, uma organização com sede em Burlington que luta pelos direitos humanos dos trabalhadores imigrantes. Sua proposta inicial de financiamento não foi atendida. Sob pressão de vários lobistas e defensores, o governador propôs destinar US $ 2 milhões – do projeto H.968 – para financiar parcialmente o programa, que acabou sendo expandido para US $ 5 milhões para cobrir todos os excluídos da CARES.

“Se toda a nação concorda que as pessoas devem receber pagamentos de estímulo, então todos deveriam receber pagamentos de estímulo”, disse Xusana Davis, a primeira diretora executiva do departamento de Equidade Racial do Estado. Ela foi nomeada pelo governador no ano passado. Seu trabalho: lidar com “disparidades raciais sistêmicas”.

Embora haja algum precedente para esses tipos de pagamento, o programa de Vermont é único em alguns aspectos importantes. A Califórnia também fez pagamentos a trabalhadores imigrantes, mas apenas por US $ 500, e o financiamento foi limitado à ordem de chegada. O plano de Vermont oferece uma quantia igual a todos os adultos, e as crianças também estão incluídas, o que não foi o caso na Califórnia.

O estado estima que 4.000 adultos e 1.000 crianças seriam cobertos pelo financiamento através do H.968. Destes, cerca de 1.250 são trabalhadores de lacticínios; 1.750 trabalham em outros setores. Estima-se que 500 pessoas são cidadãs e residentes legais que declaram impostos com cônjuges indocumentados.

Mas Davis diz que é difícil afirmar com precisão esses números. “Muitos deles são literalmente caçados por agentes de imigração e por isso pode ser realmente difícil ter uma imagem clara de quem são e quantos são”, disse. A Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) concentra seus esforços nos estados fronteiriços, como Vermont.

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Fonte: Redação – Brazilian Times.