São tempos difíceis por causa da pandemia do novo coronavírus. A vida mudou e os dias não são mais os mesmos. E nem serão. Datas comemorativas que antes eram celebradas em conjunto por toda a família, amigos e vizinhos, desta vez terá que ser de longe ou no modo ‘online’.

Dia das Mães 2020: aquele marcado pela pandemia. Aquele no qual passamos com um pouco mais de preocupação e dor pelas mães e filhos que não conseguiram passar pela doença. Pelo aumento de casos, pelas vítimas diárias. Pelo sofrimento que famílias inteiras estão passando.

As mães sentem. Porque mãe sente tudo. E está sentindo mais ainda agora quando vê o filho doente, quando vê o neto doente, quando ela mesma fica doente. Nem o Dia das Mães – que podia ser um dia em que nada de ruim acontecesse – vai se safar. Menos ainda esse ano. Essa doença não perdoa nem as mães. Infelizmente.

A nova rotina tem colocado à prova a vida de mães e pais. Além daqueles que têm a saúde mais frágil, a pressão de exigências do trabalho e de cuidados de casa, somados à educação dos filhos, se concentraram.

São mães, pais e crianças que tiveram suas vidas mudadas. As mães que saem para trabalhar porque estão em serviços essenciais e deixam os filhos com um aperto no peito pelo medo de se contaminar e passar para a família. As mães que continuam ficando em casa com os filhos enquanto o pai trabalha – só que agora o pai trabalha em casa via homeoffice . O trabalho para para distrair as crianças é em dobro – como explicar que o pai “está mas não está”?

As mães que precisam trabalhar via homeoffice e também dão conta do trabalho da casa e dos filhos, de toda a família. As mães que perderam o trabalho e dependem agora da ajuda para alimentar seus filhos. As mães que estão no sufoco porque as crianças não podem ir para a escola e ela não tem internet para ajudá-los e até mesmo entretê-los.

As mães que pintam, brincam, jogam, dançam, treinam, cozinham, limpam. Tudo em um só dia. E assim vão levando os dias. Vão passando. Porque essa nova rotina veio para ficar um bom tempo. Mas as mães não. Mães são para sempre. Pelo menos deveriam ser. Como cita Carlos Drummond de Andrade no poema “Para Sempre”: “Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei: Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre”.

O comércio também calcula seu prejuízo pelo impacto comercial da pandemia sobre a data que é uma das mais rentáveis ao mercado. A crise provocada pelo novo coronavírus vai acarretar uma queda histórica do volume de vendas no varejo. Em comparação com o ano passado, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um encolhimento de 59,2% no faturamento real do setor na data, considerada a segunda mais importante no calendário varejista brasileiro.

Uma data tão importante em que quase todo mundo presenteia as mães não pode passar batido. Já vai ser diferente pela pandemia e quarentena, mas também será pela retração da economia. A ideia é estimular o empreendedorismo para a data (para quem precisa vender algo) e também estimular os presentes feitos em casa pelas crianças. Por que não? Por que não pode ser um lindo cartaz pintado à mão e borrado com os desenhos mais lindos e sinceros ao invés daquele perfume caro importado? A importância de se presentear está em se fazer lembrar. E para as mães, cada abraço é um presente. Mesmo que este ano seja feito de longe, por um vídeo.

Daqui a uns 10 ou 20 anos, quando toda essa pandemia tiver ficado mais distante e, embora a vida tenha sido modificada um pouco até lá, a rotina dos encontros de domingo na casa da avó vai voltar a acontecer (porque isso é um costume que deve ser preservado), as recordações virão à tona. E os filhos, netos, bisnetos hão de querer saber. E assim vamos lembrar desse Dia das Mães 2020: aquele marcado pela pandemia.

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Fonte: Gazeta News