Filmado jogando um carrinho de compras em uma mulher em fevereiro, Rogério Santos da Silva, de 36 anos, teve a prisão decretada pela Justiça. O caso aconteceu em um supermercado em Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, próximo ao Distrito Federal.

A denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) contra o comerciante foi recebida na quinta-feira (13) pela vara criminal. Na decisão, a Justiça decretou a prisão preventiva do acusado.

Rogério foi denunciado pelo MP por tentativa de homicídio sem possibilidade de defesa da vítima. Segundo pontuado na denúncia, o acusado assumiu o risco de matar a mulher, “resultado que não veio a ocorrer por circunstâncias alheias à sua vontade”.

Ao relatar o ocorrido no supermercado no dia 16 de fevereiro deste ano, a denúncia destaca que a vítima se encontrava na fila do caixa do estabelecimento, posicionada logo atrás do acusado, aguardando atendimento para efetuar o pagamento de suas compras. Passados alguns instantes, a mulher, que estava usando o celular, foi surpreendida com o ataque.

Conforme apontado na investigação, o réu afastou-se alguns poucos metros da fila em que se encontrava e pegou um carrinho de compras. Após levantá-lo por cima de sua cabeça, detalha a denúncia, ele “aproximou-se da vítima e, sem motivação idônea, lançou o carrinho sobre ela, atingindo-a, violentamente, no lado esquerdo da cabeça”.

Lesões

O ataque provocou as lesões corporais descritas no relatório médico e no laudo de exame de corpo de delito, de acordo com o MP. O relato feito pelo MP aponta que a mulher permaneceu inconsciente após o ataque e, após acordar, sofreu momentos de confusão mental e fortes dores no corpo.

A denúncia pontuou que Rogério assumiu o risco de causar a morte da vítima, considerando o peso do carrinho do supermercado. Na decisão que decretou a prisão preventiva, a medida foi apontada como necessária para garantia da ordem pública, para evitar a possibilidade de novos crimes.

No pedido de prisão, o MP ressaltou o fato de Rogério ser reincidente, pesando contra ele condenação criminal à pena de nove meses de detenção, transitada em julgado em 2021, em sentença proferida pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da comarca de Luziânia.

Fonte: CNN Brasil