Foto17 Ricardo e Aliny Godinho Brasileiro pega prisão perpétua por matar ex esposa a facadas
Ricardo Godinho, de 41 anos, golpeou Aliny Godinho, de 39 anos, diversas vezes com uma faca de cozinha

Ricardo Godinho, de 41 anos, golpeou fatalmente Aliny Godinho, de 39 anos, porque não aceitava a separação, no Condado de Surrey, Inglaterra

Na quinta-feira (18), o réu Ricardo Godinho, de 41 anos, foi condenado a prisão perpétua por ter matado a facadas a ex-esposa, Aliny Godinho, de 39 anos, natural de Minas Gerais, na frente da filha de 3 anos do casal. A vítima levava a criança à escola e foi monitorada através de um aplicativo de localização instalado no telefone celular da menor.

O brasileiro golpeou a mulher diversas vezes nas proximidades da cidade de Epson, no Condado de Surrey, região metropolitana de Londres, Inglaterra, em 8 de fevereiro. Eles eram casados, mas se separaram no final de dezembro de 2018, depois que o comportamento de Godinho tornou-se cada vez mais intimidador.

A promotora pública Kate Lumsdon QC disse no tribunal que o réu atacou a vítima em frente à filha do casal para “puni-la por tê-lo deixado e, como ele considerava, impedi-lo de ver os filhos dele”.

Ricardo foi sentenciado à prisão perpétua e terá que cumprir pelo menos 27 anos de prisão, antes de poder solicitar a liberdade condicional. O julgamento durou 2 semanas e meia na Guildford Crown Court.

Na manhã de 8 de fevereiro, Aliny, mãe de 4 filhos, desceu de um ônibus com a filha na London Road, onde Godinho já a esperava no interior de uma caminhonete. O assassino, que monitorou a vítima através de um aplicativo instalado no aparelho celular da criança, saiu do carro e golpeou a ex-esposa com uma faca de cozinha diversas vezes, antes de jogar a arma no chão e fugir do local do crime.

“A Aliny era uma mulher bonita, inteligente, feliz e cuidadosa que era amada por tantas pessoas, tanto no Reino Unido como no país natal dela, Brasil”, disseram os familiares. “O incidente de sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019, tirou não somente uma irmã, filha, neta e amiga, mas, mais importante, uma mãe amorosa de seus quatro filhos pequenos”.

Testemunhas relataram ter ouvido a filha de 3 anos da vítima dizendo: “A mamãe não voltará mais”, depois de ter visto Aliny ser atacada. Uma das mães na escola disse ter pensado que testemunhava um ataque terrorista. Ela descreveu ver a vítima morrendo, acrescentando que “não havia raiva ou emoção quando ele a golpeava”.

“Ele estava muito calmo e comportado. Ele não disse nada a ela, não a xingou”, relatou a testemunha.

O casal estava junto há 17 anos.

Os jurados assistiram ao vídeo de momentos antes de Aline ter sido fatalmente atacada na abertura do julgamento. A vítima trajava um casaco escuro, luvas vermelhas e um chapéu de lã, descendo do ônibus com a filha a caminho da escola.

A morte violenta da brasileira debaixo de uma chuva torrencial deixou horrorizadas as testemunhas que passavam pela rua. O assassino entrou na caminhonete e dirigiu até o escritório da companhia de manutenção dele, antes de contar à secretária dele: “Eu esfaqueei a Aliny. Eu acho que ela está morta. Eu a golpeei muitas vezes”. Então, ele fugiu do escritório numa caminhonete Renault.

A secretária de Ricardo acionou a polícia e os agentes localizaram o brasileiro através de um aparelho de rastreamento instalado nos veículos da companhia de manutenção. Ele foi preso pouco tempo depois.

Katherine relatou que quando Godinho foi interrogado pelos detetives ele não fez comentários. Enquanto estava detido, um carcereiro o ouviu dizer: “Eu matei a minha esposa por causa da p*rra de problemas”.

A família da vítima descreveu a morte dela como “o impacto que a morte da Aliny deixou nos filhos dela é quase impossível pôr em palavras. Todos os filhos dela estão abaixo dos 12 anos de idade e agora estão sem a mãe; o que algo muito difícil para eles processaram nessa fase tão jovem”.

Fonte: Brazilian Voice