I Encontro da Hotelaria Nacional debate desafios do segmento no Parlamento. A transformação da Embratur em agência foi defendida pelas autoridades

A Hotelaria e a Promoção Internacional do Brasil como destino turístico estiveram no centro da pauta do I Encontro da Hotelaria Nacional que aconteceu nesta quinta-feira (23), no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. O evento, organizado pela Comissão de Turismo da Casa, em parceria com a ABIH Nacional, discutiu temas de interesse do segmento com a apresentação de propostas para alavancar o turismo brasileiro com a geração de emprego e renda.  

No encontro, pleitos importantes da Hotelaria, que constam no projeto da Lei Geral de Turismo, foram levantados pelos líderes do segmento, entre eles, a arrecadação de direitos autorais por reprodução musical nos quartos de hotéis feita pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), a redução do percentual de quartos com acessibilidade de 10 para 5% e a pauta das diárias fracionadas. O projeto foi aprovado na Câmara e será apreciado pelo Senado.

O presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Gilson Machado Neto, foi uma das autoridades convidadas e defendeu a importância do atendimento das demandas da Hotelaria. “Espero que o texto da Lei Geral do Turismo seja aprovado no Senado na íntegra, com o mesmo conteúdo enviado pelo Plenário da Câmara”, disse.

Segundo Gilson Machado Neto, o Governo Federal tem promovido ações de desburocratização para a melhoria do ambiente de negócios no país, um dos gargalos que inibem o empreendedorismo na hotelaria e no setor de turismo em geral.

“Precisamos tratar o turismo como política de estado e não de governo. O Brasil tem grande potencial. É importante o incentivo à redução da burocracia para o desenvolvimento do turismo”, afirmou.

Presidente da ABIH Nacional (Associação Brasileira da Industria de Hotéis), Manoel Linhares acredita que a burocracia e o excesso de tributos comprometem a sobrevivência e a abertura de novos meios de hospedagem no país.

“A Hotelaria sofre com o excesso de carga tributária, o que ocasiona o fechamento de muitos hotéis. Somos um dos poucos setores que ficam abertos nos três turnos e com grande potencial de geração de emprego e renda. Apesar das dificuldades, vivemos um momento ímpar no turismo brasileiro, pois contamos com um presidente da República que defende a atividade”, pondera.

A mudança no modelo de gestão da Embratur, com a transformação do Instituto em uma agência de promoção turística, foi consenso entre os integrantes da cadeia produtiva do turismo, parlamentares e autoridades no evento. A mudança que tramita no Congresso Nacional pode dar musculatura ao orçamento e possibilitar maior divulgação do país no exterior.

 

Fonte: Embratur