Médicos estão fazendo alertas para o perigo de certas “brincadeiras” que viraram febre nas escolas no Brasil.

As brincadeiras de mau gosto são gravadas e postadas na internet. Nos vídeos mais recentes que circulam nas redes sociais, estudantes adolescentes derrubando os outros colegas de costas, com uma rasteira.

Porém, a “brincadeira”, segundo especialistas, pode causar lesões, desmaios, traumatismos cranianos e levar até mesmo à morte.

Para especialistas, a brincadeira não tem nada de engraçado e pode causar lesões muito graves.

“Fiquei chocado com esse tipo de ‘brincadeira’. São bem diferentes das brincadeiras da minha época de infância. Não tem nada de sadio e o risco de traumatismo cranioencefálico (TCE) é imenso, pois os participantes caem no solo com choque direto da parte posterior do crânio sem chances de defesa ou reação. Seguramente, os riscos de lesões no crânio são imensas”, alerta o ortopedista Octacílio da Matta, ouvido pelo jornal O Tempo.

Segundo explica a publicação, em um dos vídeos mais recentes aparecem estudantes do Colégio Marista de Natal. Nas imagens, duas meninas dão um pulo e incentivam uma colega, que fica no meio, a pular depois.

Quando a terceira aluna dá o pulo sozinha, as outras duas que já pularam a derrubam, chutando cada um dos seus pés, dando uma rasteira. A vítima fica sem defesa e cai totalmente de costas. Em todos os vídeos os estudantes que provocam a queda riem bastante.

Para o ortopedista, a chance de morte é alta. “A consequência mais severa seria a morte por traumatismo cranioencefálico. As lesões no traumatismo cranioencefálico variam de acordo com as áreas atingidas, podendo ficar sequelas, tais como dificuldade para caminhar, falar, enxergar e ouvir, além de trazer dificuldades para movimento com os membros superiores e inferiores”.

Após a queda, se houver alteração de consciência e dor na coluna, a vítima deve ficar imóvel no chão e uma ambulância dos serviços de saúde deve ser acionada para a remoção correta da criança ou adolescente para um atendimento especializado.

Bom exemplo

Ao contrário dos alunos que passam a rasteira no colega e acham muito engraçado, estudantes de outras escolas estão divulgando vídeos mostrando que a brincadeira é perigosa e pode acabar mal.

Crédito: colégio Novo Alvo/SP.

Roleta humana

A outra “brincadeira” é de novembro do ano passado e voltou a circular agora nas redes sociais. Ela ficou conhecida como “roleta humana”. Nela, a pessoa é girada como uma roleta e bate a cabeça no chão. Uma estudante de 16 anos do Rio Grande do Norte morreu nesse desafio em novembro do ano passado.

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Fonte: Gazeta News