Jovens protestam por mudança climática na Austrália na sexta-feira, 20. Foto: Cordelia Hsu/Reuters.

Autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) esperam receber a partir deste sábado, 21, representantes de 60 países para o início da Cúpula do Clima na sede da instituição em Nova York. A reunião termina na segunda-feira, 23, e terá a presença de cerca de 60 chefes de estado. Os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro estarão ausentes.

Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterresm, o motivo de o Brasil estar fora da plenária seria a falta de interesse, disse ao jornal britânico Financial Times.

Bolsonaro confirmou que vem aos EUA na segunda-feira, 23, e deve discursar na Assembleia da ONU na terça-feira, 24, outro evento programado para o dia seguinte ao encerramento da cúpula. Ele afirmou que participará também de um jantar com Donald Trump.

Bolsonaro afirmou que não responderá, em seu discurso na ONU, a fundos de investidores que pediram em carta “ação urgente” para conter os “incêndios devastadores” na Amazônia. . O presidente voltou a dizer que, em gestões passadas, terras no Brasil eram demarcadas quando um governante voltava de eventos internacionais. “Todas as vezes que chefes do Brasil foram para fora em eventos como Osaka, Davos, voltavam pra cá demarcando mais terras indígenas, criando parques nacionais e inviabilizando o Brasil”. Segundo Bolsonaro, a pressão internacional visa minar o agronegócio e derrubar a economia do País, publicou a Veja.

Greve pelo clima

A greve global pelo clima – que ocorreu na sexta, 20, em 150 países, incluindo o Brasil –, levou milhares de manifestantes às ruas. Eles exigem medidas concretas para frear as emissões de gases causadores do efeito estufa e combater o aquecimento global, informa a organização dos atos.

Cúpula da Juventude pelo Clima

Neste sábado, está sendo realizada a Cúpula da Juventude pelo Clima, com a participação de jovens ativistas e empreendedores. No domingo, 22, um encontro de nove coalizões pelo clima apresentará os avanços recentes de seus esforços, que terão seus detalhes revelados no dia seguinte.

Já na segunda-feira, 23, será o evento principal: a plenária da Cúpula sobre a Ação Climática que contará com a presença de chefes de estado, representantes de governos e a apresentação de planos nacionais para a defesa do clima.

Brasil, Estados Unidos e Austrália não discursarão no evento. Já China, Índia, França, Alemanha e Reino Unido devem ter seu momento de fala durante a cúpula.

A vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, disse na quinta-feira (19) que a organização escolheu apenas os países com propostas mais ambiciosas e que tenham apresentado avanços na redução dos efeitos das mudanças climáticas, mais de 100 países se inscreveram para falar durante a cúpula mas apenas 60 foram selecionados.

Consenso entre especialistas, o ano de 2020 é visto como crucial no combate ao aquecimento; para alguns, ele é a data limite para tomaa redução de emissões de dióxido de carbono – e para que meta a de aumento de 1,5ºC em temperatura global seja mantida.

Na quarta-feira (18), o secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou que estamos “perdendo a batalha contra a mudança climática”. Em coletiva de imprensa, ele disse esperar “o anúncio e a apresentação de vários planos significativos para reduzir as emissões na próxima década e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.”

Guterres pediu o fim da construção das usinas de carvão a partir de 2020 em todo o mundo, além da anulação gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis e uma mudança rápida para fontes de energias renováveis, como solar, eólica e geotérmica. Com informações do G1 e Reuters.

Assista ao vivo a Cúpula diretamente da sede da ONU em NY:

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Fonte: Gazeta News