A nova sub-variante conhecida por ‘Stealth Ômicron’, cujo aparecimento levantou uma infinidade de questões relativas ao tipo de sintomas que pode provocar e o risco de complicações.

Geralmente, a variante Ômicron causa sintomas semelhantes aos de uma constipação comum que desaparecem em poucos dias, já com a ‘Stealth Ômicron’, as pessoas relatam o desenvolvimento de sinais relacionados com o intestino.

Segundo o professor Tim Spector, por trás do Zoe Covid Symptom Study App e epidemiologista no King’s College London, os sintomas intestinais ocorrem porque o vírus afeta aquele órgão em vez do nariz. Como tal, a maioria dos casos de ‘Stealth Ómicron’ levam ao desenvolvimento de problemas no estômago, em vez de problemas respiratórios. O que tende a gerar confusão e a fazer com que menos pessoas façam o teste para a Covid-19, colocando outros em risco. Mais ainda, pode acontecer que o paciente teste um falso negativo, pois não haverá quaisquer vestígios de Ômicron no nariz ou boca.

Não só nos casos de ‘Stealth Ômicron’, mas mesmo no caso de outras variantes, indivíduos infectados experienciaram complicações relacionadas com o intestino. A única diferença é que com esta nova sub-variante, a questão é predominante.

Os seis sintomas comuns relacionados com o intestino incluem:

– Náusea

– Diarreia

– Vômito

– Dor abdominal

– Azia

– Inchaço

De acordo com Spector, já está provado que o SARS-CoV-2 entra na boca ou no nariz e começa a multiplicar-se no sistema respiratório ou nos pulmões. Em alguns casos, é transferido para o intestino e pode causar a chamada Covid longa ou Covid persistente. Sendo que o vírus não pode ser rastreado no teste de esfregaço, aumentando o risco de complicações.

Quão infecciosa é a sub-variante?

Embora a BA.2 ou ‘Stealth Ómicron’ seja uma mutação da Ômicron, as suas características virológicas são diferentes da estirpe base.

Segundo os investigadores, a ‘Stealth’ tem cerca de 20 mutações que diferem da estirpe original. O que torna bastante desafiante determinar como o vírus irá reagir e como pode afetar as pessoas.

Ora, os sintomas a longo prazo e a eficácia da vacina ainda não foram avaliados. Por enquanto, tudo o que podemos fazer é ser vacinados e seguir todas as normas estipuladas pelas autoridades de saúde, como usar máscara, manter as mãos higienizadas e evitar espaços lotados.