A população mundial deve crescer em 2 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos, passando dos atuais 7,7 bilhões para 9,7 bilhões de habitantes em 2050, e depois, atingirá quase 11 bilhões de pessoas em 2100. A questão é: o Planeta vai aguentar?

A estimativa é de um novo relatório das Nações Unidas lançado na segunda-feira, 17 – o “Perspectivas Mundiais de População 2019: Destaques”, que é publicado pela Divisão de População do Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais, e oferece um abrangente panorama global de padrões e perspectivas demográficos.

A população mundial pode alcançar o seu pico por volta do final do atual século. Com tanta gente, não tem como pensarmos em como ficará o planeta que já sofre os impactos da ação humana, principalmente nos grandes centros urbanos.

Já aponta os perigos do aumento populacional por todo o globo, o Instituto Brasileiro de Sustentabilidade, que analisa no texto “Os perigos do crescimento da população mundial”, que “o crescimento acelerado da população mundial remete a uma análise detalhada, uma vez que os recursos naturais responsáveis pela vida na Terra, pelo fornecimento de alimentos, vestimentas, insumos energéticos, etc, encontram-se em constante diminuição, ao passo que a demanda por seus benefícios cresce de forma gigantesca com o passar dos anos”.

Para o InBS, uma das consequências primárias do crescimento exorbitante da população mundial será a falta de insumos e recursos naturais que sustentam a vida. Se continuado tal nível mundial de crescimento, a população atingirá números onde a demanda por produtos básicos à sadia qualidade de vida e até mesmo à vida em si, será muito maior do que a oferta, ou seja, a capacidade produtiva de determinadas regiões, aliada à má distribuição, acarretará uma extensa crise por recursos básicos até então jamais vista.

O que acontecerá poderá se converter em caos ambiental e humano sem precedentes. Uma vez instalada a falta, buscando-se sanar a necessidade, a qualidade do meio ambiente será ainda mais degradada pelo homem.

Por necessidade, o homem irá de forma cada vez mais invasiva e desesperada tentar extrair do meio ambiente a solução para seu grave problema. Como a demanda é maior que a oferta, a natureza não fornecerá insumos suficientes, o que fará que ser humano novamente, invasivamente atue e danifique ainda mais o meio, que então responderá com ainda menos eficiência, e assim sucessivamente, gerando um ciclo cada vez mais destruidor e de difícil reparação.

Fatores sociais que já existem em grande escala nos dias de hoje, como a má distribuição de alimentos, a desigualdade e as diferentes e precárias formas de distribuição de recursos tendem a aumentar. Utopia seria o contrário.

Contrariando todo esse negativismo, todavia, a ONU espera que as mudanças resultantes no tamanho, composição e distribuição da população mundial tenham consequências importantes para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as metas globalmente acordadas para melhorar a prosperidade econômica e o bem-estar social ao mesmo tempo em que se protege o meio ambiente.

Referência: Dados e trechos retirados dos sites Organização das Nações Unidas e Instituto Brasileiro de Sustentabilidade.

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Fonte: Gazeta News