SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – Os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG) e Paulo Teixeira (PT-SP) entraram com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra colega de Casa Carla Zambelli (PL-SP) por um vídeo publicado nesta quarta-feira (30) no qual ela incita generais comandantes militares a não reconhecerem a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições.

Para os parlamentares, “trata-se de fato gravíssimo, praticado por quem deveria, como princípio e obrigação basilar, na condição de Deputada Federal, defender a Constituição, as Instituições e o processo democrático delineado e reforçado através do sufrágio universal”.

No vídeo, Zambelli diz que “é hora de se posicionar” e questiona: “De que lado vocês estão?”

Ainda segundo os deputados petistas, não só Zambelli, mas todos os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) vivem em uma “psicose coletiva”.

“Negam o reconhecimento da validade do processo eleitoral e de seu resultado, flertam com a ruptura institucional a partir da defesa de um regime autoritário na condução do país, semeiam ódio e violência, vendo inimigos e comunistas em todos os cantos, numa vã esperança de que alguma divindade de outro mundo possa modificar a vontade soberana da sociedade brasileira”, afirmam os deputados.

Ao fim do pedido, os petistas pedem que a PGR (Procuradoria-Geral República) seja intimada pelo STF e adote providências contra a deputada bolsonarista, sugerindo a abertura de uma investigação, além de medidas civis e administrativas que a procuradoria julgar necessárias.

Eles também solicitam que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) seja acionado por descumprimento de decisão da Corte eleitoral que vetou o uso de redes sociais por parte de Zambelli.

O UOL entrou em contato com Zambelli e, em caso de manifestação, este texto será atualizado.

Desde o início de novembro, a deputada federal está proibida de usar as redes sociais e criar novos perfis até a diplomação de Lula.

O juiz auxiliar da presidência do TSE, Marco Antônio Martin Vargas, impôs multa de R$ 100 mil para cada conta que venha a ser criada pela parlamentar, caso ela descumpra a decisão.