O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça que Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido, seja levada de volta à prisão. O motivo seria um suposto uso de documento falso que é investigado pela Polícia Civil de Sorocaba, interior paulista. Atualmente, Elize trabalha como motorista de aplicativo em Franca, também no interior, onde passou a morar.

Ela está em liberdade condicional desde maio do ano passado, após cumprir dez anos de cadeia.

O pedido de suspensão do livramento condicional de Elize foi feito pelo promotor Odilon Nery Comodaro, da Comarca de Franca. Em 27 de fevereiro, ela foi detida e levada ao 8º Distrito Policial de Sorocaba para responder a uma denúncia de falsificação de documentos.

Para trabalhar em um condomínio que exigia atestado de antecedentes criminais, ela teria falsificado o documento de outra pessoa. Elize negou a autoria da adulteração, foi indiciada e liberada.

A promotoria entende que ela cometeu ato infracional e pediu a suspensão da liberdade provisória. O pedido foi encaminhado à Justiça de Sorocaba, onde o caso está sob investigação.

O Ministério Público informou que ainda aguarda a decisão da Justiça. Caso a condicional seja suspensa, Elize voltará para a penitenciária feminina de Tremembé, onde cumpria a pena de 16 anos e 3 meses de prisão.

Elize foi condenada por matar e esquartejar marido

Elize Matsunaga foi presa em 2012, após matar com um tiro na cabeça e esquartejar o corpo do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, dono da indústria de alimentos Yoki.

O crime aconteceu no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Partes do corpo foram espalhadas em áreas verdes da região metropolitana da capital.

Condenada inicialmente a 19 anos e 11 meses de prisão, ela entrou com recurso e, em 2019, teve a pena reduzida para 16 anos e 3 meses por ter confessado o crime.

A ex-detenta trabalhou na prisão e manteve bom comportamento, o que possibilitou que, em maio de 2022, obtivesse progressão para o regime aberto.

Sobre o pedido do MPSP, a reportagem entrou em contato com o advogado de Elize, Luciano Santoro, e não obteve retorno até o fechamento deste texto.