A Concord Coach Lines planeja revisar sua política de permitir que agentes federais da Patrulha…

A Concord Coach Lines planeja revisar sua política de permitir que agentes federais da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos (CBP, sigla em inglês) e do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE) realizem verificações de imigração a bordo de seus ônibus.

Esta decisão da linha de ônibus – que liga o estado do Maine a Boston (Massachusetts) e à cidade de New York (New York) – ocorre depois que a Greyhound, a maior linha de ônibus do país, disse na semana passada que não permitiria mais que as autoridades de imigração realizassem verificações, sem autorização, a bordo de seus ônibus.

“As circunstâncias relativas à aplicação da lei e às viagens de passageiros de ônibus, em comparação com outros meios de viagem, não mudaram”, disse Benjamin Blunt, vice-presidente da Concord Coach Lines, em comunicado por escrito divulgado nesta segunda-feira, dia 24.

“Como muitos de nossos passageiros vêm ou se conectam a ônibus da Greyhound, estamos preocupados com o fato de políticas conflitantes serem potencialmente problemáticas para eles. Nós vamos consultar nossa associação nacional e um advogado”, continuou.

A empresa Concord Coach, com sede em New Hampshire, opera na Nova Inglaterra e é frequentemente usada pelos viajantes do Maine para viagens a Boston, Aeroporto Logan e New York.

A Greyhound disse na semana passada que enviou uma carta informando o Departamento de Segurança Interna sobre sua nova política. A empresa também disse que treinaria os funcionários sobre esta mudança e colocaria adesivos em seus ônibus, dizendo que não concorda com as buscas dos agentes de imigração.

As verificações de imigração nos ônibus da Concord Coach alimentaram controvérsias no estado do Maine. A CBP citou sua autoridade para realizar verificações de cidadania, sem um mandado, dentro de 100 milhas da fronteira, que inclui todo o Maine.

Mas a Associated Press informou recentemente que um memorando do alto funcionário da agência diz que os agentes precisam do consentimento do proprietário ou funcionário de uma linha de ônibus para embarcar e realizar verificações de cidadania.

Críticos da prática, incluindo a ACLU e os defensores dos direitos de imigração, disseram que permitir que agentes embarquem em um ônibus e perguntem sobre o status de cidadania de um passageiro é intimidante e discriminatório, além de violar a proteção constitucional contra buscas e apreensões irracionais.

A Greyhound enfrenta um processo na Califórnia que alega que a política de verificação de status de imigração violava as leis de proteção ao consumidor.

“Estamos empolgados com o fato da Greyhound estar fazendo a coisa certa para proteger seus clientes de discriminação racial e assédio”, afirmou Emma Bond, advogada da ACLU do Maine, na segunda-feira, dia 24.

“Não é tarde demais para a Concord Coach seguir o exemplo e enviar a mensagem de que eles valorizam seus passageiros e a comunidade também”.

Fonte: Redação – Brazilian Times.

Fonte: Brazilian Times