Gisele Fetterman, uma brasileira casada com o vice-governador da Pennsylvania, disse que espera…

Gisele Fetterman, uma brasileira casada com o vice-governador da Pennsylvania, disse que espera acalmar as preocupações. A brasileira, que é esposa do Vice-governador da Pensilvânia, John Fetterman, diz que espera acalmar as preocupações dos imigrantes indocumentados sobre o censo de 2020, contando sua própria história, que cresceu com medo da deportação.

Ela falou em Lancaster e bateu em algumas portas na semana passada, para destacar um esforço popular que visa abrandar o medo e evitar que os imigrantes não sejam contados.

“Eu sei como é ter medo quando alguém bate à nossa porta”, disse ela, que se mudou para os Estados Unidos, com a mãe e o irmão, quando tinha apenas oito anos de idade. “Ficamos aterrorizados em abrir a porta por anos com medo da deportação”, continuou.

Gisele juntou-se a representantes da CASA, uma organização de defesa de imigrantes latinos, para iniciar uma campanha de porta em porta e nas mídias sociais para pedir que sejam contados cerca de 55.000 imigrantes da classe trabalhadora.

A partir do dia 12 de março, as famílias nos Estados Unidos começarão a receber correspondências convidando-as a preencher o formulário do censo através do serviço postal, telefone ou online. Somente em maio, os funcionários do censo visitarão apenas as casas que não responderam aos questionários.

O censo procura contar com todas as pessoas que moram nos Estados Unidos, não apenas cidadãos e recém-chegados com permissão para ficar. Mas os defensores de uma contagem completa sabem que o medo da deportação fará com que alguns tenham medo de responder os formulários.

A contagem da população determina a representação legislativa e onde o governo gastará bilhões de dólares em infraestrutura e programas sociais.

Gisele destacou em suas visitas que o formulário não pergunta sobre cidadania e a lei impede que o Census Bureau compartilhe informações com as autoridades que possam levar à deportação ou perda de benefícios do governo.

“A chave para transmitir a mensagem são os recenseadores”, disse Thais Carerro, diretor da CASA. “É assim que estamos fazendo a diferença, porque não é apenas alguém com um ID do governo. São pessoas da comunidade, contratadas, conversando todos os dias com os vizinhos”.

Gisele bateu em algumas portas na Rockland Street, no sudeste de Lancaster. Uma porta se abriu e uma mulher de língua espanhola falou brevemente com a Segunda Dama da Pensilvânia. “Ela estava preocupada com a questão da imigração”, disse a brasileira.

“Ela perguntou: ‘Como isso afeta os imigrantes? Os imigrantes podem preencher o formulário?’ e respondemos que sim, as informações são anônimas e protegidas”, continuou.

Maria Gutierrez, diretora de campo da CASA na Pensilvânia, Maryland e Virgínia, disse que os defensores apelam à natureza corajosa dos imigrantes ao pedir-lhes para concluir o censo. “Você tem que ser corajoso para estar aqui”, disse. “Se você mora aqui, tem o direito de ser contado”.

Gisele, mãe de três filhos que dirigia uma organização comunitária ao oeste da Pensilvânia, disse que tem uma lembrança de infância de ter medo quando viu sua mãe preencher o formulário do censo. “Era como eu me sentia, como se eu não pertencesse ou me sentia invisível. Assim é esta população atual”, afirmou ela que agora é cidadã dos EUA.

Fonte: Redação – Brazilian Times.

Fonte: Brazilian Times