Deputados e senadores que integram a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro apresentaram, nesta quinta-feira (25), os primeiros requerimentos depois da instalação do colegiado.

Nenhum deles foi apreciado ou aprovado. Nas próximas sessões da comissão os parlamentares vão votar se aprovam ou não cada requerimento.

Os pedidos dos parlamentares, que já foram protocolados no sistema do Congresso Nacional, solicitam a convocação de diversas autoridades que podem ser investigadas pela comissão.

Constam nomes como o de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, da atual administração do Ministério da Justiça, e de integrantes da cúpula da Polícia Militar do DF na data dos ataques são os mais citados.

Até a noite desta quinta-feira, mais de 100 requerimentos já haviam sido protocolados.

Além Torres, preso por suposta omissão no 8 de janeiro, os parlamentares também querem ouvir o General Júlio César Arruda, ex-comandante do Exército, o general Augusto Heleno, ex-ministro Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Gonçalves Dias, também ex-titular do GSI.

Ainda são citadas autoridades da PM-DF, como o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, responsável pelo Departamento Operacional, a coronel Cíntia Queiroz de Castro, subsecretária de Operações Integradas e o coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da corporação.

Quanto ao ex-ministro Gonçalves Dias, além de cinco pedidos de convocação, há um pedido de quebra de sigilo telefônico e telemático.

Outro pedido de convocação que aparece mais de uma vez é de Antônio Cláudio Alves Ferreira, homem que invadiu o Palácio do Planalto e quebrou o relógio trazido ao Brasil por Dom João VI. Ele foi identificado pela Polícia Federal e preso no âmbito da Operação Lesa Pátria.

Nos requerimentos apresentados também há pedidos de imagens de câmeras de segurança do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF), do Itamaraty e do Ministério da Justiça.

Também constam solicitações de compartilhamento de informações e provas dos inquéritos que tramitam no STF sobre os ataques aos Três Poderes.

A expectativa da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), é que o plano de trabalho da comissão seja apresentado na próxima sessão, no dia 1º de junho. Depois de aprovado, o plano ditará os rumos das investigações e os próximos passos do colegiado.

Fonte: CNN Brasil