O Ministério da Saúde informou, neste sábado, à CNN que tratará a decisão judicial de recontratar médicos cubanos, que deixaram o programa Mais Médicos em 2018, com celeridade.

Mais cedo, a CNN divulgou que o Tribunal Regional Federal, da 1* região, determinou a reintegração de profissionais cubanos ao SUS diante da ausência de médicos em áreas mais vulneráveis, como a comunidade Yanomami, em Roraima.

A pasta aguarda ser notificada formalmente da decisão tomada na noite desta sexta-feira pelo desembargador, Carlos Brandão. A partir disso, mais de 1.700 cubanos poderão voltar à ativa.

À CNN, a associação que defende os médicos cubanos afirmou que a decisão corrige uma injustiça e observa o caráter humanitário do projeto.

“Os profissionais intercambistas atuam, em sua grande maioria, em regiões de difícil acesso, onde a presença de um médico para prestar a assistência primária para a população se faz ainda mais necessário. É o caso das localidades onde vive o povo Yanomami que têm passado por uma crise sanitária gravíssima”, explicou Humberto Jorge Leitão de Brito, coordenador Jurídico, da Aspromed (Associação Nacional dos Profissionais Médicos Formados em Instituições de Educação Superior Estrangeiras e dos Profissionais Médicos Intercambistas do Projeto Mais Médicos para o Brasil).

Não está descartada a realização de uma audiência de conciliação entre governo brasileiro e profissionais cubanos, que poderá avaliar questões remuneratórias e também a atual situação do grupo.

Muitos retornaram para Cuba e outros assumiram empregos de motorista e em canteiros de obra para continuar morando no Brasil, onde constituíram família.

Em 2018, após vencer as eleições, o então presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou que iria rever o programa Mais Médicos, entre outros motivos, devido a destinação de recursos que iriam para Cuba.

Na ocasião, o governo cubano se opôs e anunciou que iria retirar os médicos do Brasil.

Fonte: CNN Brasil