As Forças Armadas estão convictas que não há necessidade de punição para os generais que se recusaram a dissolver o acampamento em frente ao quartel do Exército em Brasília antes dos atos criminosos de 8 de janeiro, disseram fontes militares à CNN.

A reportagem apurou que os oito inquéritos militares em curso apuram apenas a participação direta de militares nos atos golpistas. Caso haja evidências de crimes nesses casos, as Forças Armadas prometem punição rigorosa.

O entendimento é diferente em relação aos acontecimentos prévios à depredação da Praça dos Três Poderes. Na visão das fontes militares, as manifestações eram pacíficas, os acampamentos estavam se esvaziando naturalmente e existem fotos que comprovam isso registradas no dia 6 de janeiro.

A situação só teria piorado, dizem essas fontes, com a chegada de ônibus vindos de todo o país, que deram novo fôlego ao movimento.

Nesta sexta-feira (10), em visita aos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em entrevista à CNN Internacional que o então comandante do Exército, Júlio Cesar de Arruda, protegia o acampamento de onde saíram os golpistas. Arruda foi demitido por Lula e substituído pelo general Tomás Paiva, que foi elogiado pelo presidente como “legalista”.

Fonte: CNN Brasil