BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Passado o primeiro mês de gestão, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) corre para dar um carimbo de eficiência à sua administração no marco de 100 dias.

Nas próximas semanas, ele fará uma série de lançamentos de obras já iniciadas, mas resgatando vitrines simbólicas como Minha Casa, Minha Vida e Água para Todos, além de reviver o Bolsa Família.

A avaliação interna é de que a máquina pública ainda não está rodando a pleno vapor. Impasses com a base aliada atrasam as indicações para os cargos no segundo escalão. Além disso, a própria burocracia dificulta, já que o volume de nomeações é grande.

Outra barreira foi o 8 de janeiro, que paralisou a administração pública por alguns dias. Os ataques às sedes dos Três Poderes acabaram atrasando algumas tratativas em andamento.

Diante desse cenário, concluir ações já iniciadas traz a agilidade necessária para criar essa marca de 100 dias. Também ajuda a consolidar a imagem que o governo, cujo lema é “União e Reconstrução”, quer passar: de uma gestão que entrega, eficiente, que está na ponta atendendo às necessidades de quem mais precisa.

O lançamento das unidades do programa habitacional, que acontece na próxima terça-feira (14) em cinco estados, é um retrato dessa situação.

O evento chegou a ser anunciado em janeiro, mas precisou ser adiado porque, quando o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), foi fazer uma vistoria em Santo Amaro (BA), não havia condições de entrega.

Iniciada no governo de Dilma Rousseff, a obra havia sido depredada e alguns apartamentos estavam sem vasos sanitários e com fios aparentes, por exemplo. Agora serão entregues 6.000 imóveis.

Já no dia seguinte, Lula vai a Sergipe para relançar uma obra na BR-101, dando o início às ações na área de infraestrutura. Depois do Carnaval, há previsão de resgatar o Água Para Todos, em um evento na Paraíba. O programa foi criado ainda em 2011 por Lula, para levar água a regiões com restrição de acesso, especialmente nas zonas rurais.

O Bolsa Família, principal marca das gestões petistas anteriores, também passará por revisão e será relançado ainda em fevereiro.

A ideia é que o programa volte a ter condicionantes como a matrícula de criança nas escolas, e o cartão de vacinação em dia, para não se limitar à transferência de renda.