Afrânio Barreira, dono da rede de restaurantes Coco Bambu, esteve sábado (8) no Palácio da Alvorada, em Brasília, para oferecer um almoço ao presidente Jair Bolsonaro –em comemoração sabe-se lá de quê, no dia em que o país atingia a marca de 100 mil mortes oficiais por Covid-19.

O Coco Bambu é famoso pelos restaurantes gigantescos e pelos pratos de peixes e frutos do mar cheios de creme de leite e outros molhos pesados. Como o dono Barreira sabe das preferências alimentares de Bolsonaro –“Só como peixe frito”, disse Jair Messias ao cozinhar miojo no hotel depois de esnobar o banquete do imperador do Japão–, ele mandou preparar algo especial.

O Coco Bambu fez para o presidente um peixe assado com tomatinhos, alcaparras e manjericão. No cardápio, o prato leva o nome de “Peixe à Amalfitana”, em referência a um trecho do litoral do sul da Itália.

Mas pode chamar de “Peixe à Lambe-Botas”, em referência ao empenho de barreira em bajular Jair. Existem o marisco à lambe-lambe e o peixe à lambe-botas na rica cultura gastronômica brasileira.

O Coco Bambu começou como uma pastelaria em Fortaleza. Quando o conheci, em 2003, era uma enorme pizzaria com ambiente rústico –chão de terra, teto de carnaúba etc. Anos mais tarde, fui conhecer profissionalmente a primeira unidade paulistana: um gigantesco salão na avenida Juscelino Kubitschek.

Hoje são 45 filiais em todo o Brasil. Um crescimento espantoso para um ramo tão cruel quanto o dos restaurantes.

(Ouça o podcast da Cozinha Bruta no Spotify e no Apple PodcastsAcompanhe os posts do Instagram, do Facebook  e do T

Fonte: Folha de S.Paulo