SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (1º) o projeto de lei que aumenta o teto da dívida do país e evita um calote, previsto para a próxima semana, que teria repercussões econômicas globais.

O texto aprovado por 63 votos a 36 elimina o limite de US$ 31,4 trilhões (R$ 156,8 trilhões) por dois anos, dando respiro para o presidente Joe Biden não ter que negociá-lo novamente ano que vem, em meio à campanha para a reeleição.

“Estamos evitando o calote esta noite”, disse o líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer, enquanto conduzia a legislação em sua câmara de 100 membros.
Schumer e seu colega republicano, o líder da minoria, Mitch

McConnell, cumpriram a promessa de fazer o possível para acelerar o projeto de lei negociado por Biden e o presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy. “O país pode dar um suspiro de alívio”, disse Schumer.

O projeto também mantém os gastos não-militares no mesmo patamar para o ano fiscal de 2024 (que vai de outubro deste ano a setembro do próximo) e limita o aumento de despesas em 1% no ano fiscal de 2025, independentemente da inflação no período. Já os gastos militares podem crescer acima desse limite nos próximos dois anos.

A falta de uma solução nas últimas semanas assustou os mercados financeiros, o que forçou os Estados Unidos a pagar taxas de juros recordes em algumas vendas de títulos. Um possível calote derrubaria as bolsas americanas em até 45%, segundo a Casa Branca, e poderia provocar uma recessão imediata.

Só na noite do último sábado a presidência da Câmara e a Casa Branca chegaram ao acordo votado nesta quarta-feira.

O projeto, no entanto, teve resistência tanto de republicanos quanto de democratas até a última hora.

A última vez que o país chegou tão perto de um calote foi em 2011, no governo Barack Obama, quando Senado e Câmara eram liderados por republicanos.

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