luciano monteiro Morando em Miami desde fevereiro de 2018, o dublador e diretor de dublagem Luciano Monteiro, 24 anos, conta que um simples passeio na Flórida o fez decidir seguir a carreira nos Estados Unidos.

Trabalhando como ator desde os 7 anos de idade no Rio de Janeiro, Luciano Monteiro conta que já passou por experiências na Rede Globo, em produções com a Xuxa, e atuou em muitas peças de teatro. Em 2002, ele resolveu entrar para o mundo da dublagem pelo qual é apaixonado e que já lhe rendeu prêmios.

Com quase 20 anos de carreira, Monteiro conta que já deu voz a diversos personagens bem conhecidos, como o Christopher, personagem de Jaden Smith, filho do Will Smith, no filme “À procura da felicidade”; dublou o Freddie no seriado “icarly”; deu voz ao Finn no desenho “Hora de Aventura”; ao Charlie de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”; e é ele quem também dublou o Zack no seriado “Zack e Cody -Gêmeos em Ação”.

O jovem foi premiado duas vezes com o Oscar de melhor dublagem pelos trabalhos em “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (2006) e em “Zack e Cody” (2007).
Em 2012, Luciano foi convidado para dirigir dublagem no Rio de Janeiro na Cinevideo por onde ficou por 4 anos. Atuou logo depois, durante um ano e meio, na Drei Marc também como diretor de dublagem.

Em 2017, em uma viagem a passeio em Miami, o jovem conheceu a empresa The Kitchen, na qual trabalha hoje. “Na época, fiz o primeiro contato e deixei meu currículo. Me chamaram e após negociações, acertamos todos os detalhes. Dei entrada no meu visto e estou há mais de um ano trabalhando com eles como diretor e como dublador”, relata.

Em entrevista ao Gazeta News, Monteiro contou um pouco mais sobre a sua trajetória e também sobre a carreira de dublador no Brasil e nos EUA.

ENTREVISTA

Gazeta News – Qual o trabalho que mais te marcou até hoje?
Luciano Monteiro – O trabalho que mais me marcou até hoje foi o “Hora de Aventura” da Cartoon Network no qual eu faço a dublagem do personagem Finn. Esse desenho fez com que eu participasse de mais de 30 eventos em todo o Brasil, o que foi muito bom pra minha carreira e ao mesmo tempo muito gratificante por ver o que a dublagem é capaz de transmitir a tantas pessoas.

GN – Quando soube que faria dublagem para cinema e TV?
L M – Tudo começou como uma brincadeira. Entrei no curso de atuação e de dublagem aos sete anos. Assim que terminou fui até a Herbert Richers (empresa de dublagem no Rio de Janeiro) e realizei um teste com a diretora Angela Bonatti. Ali ganhei meu primeiro papel e logo em 2004 minha carreira começou a dar muito certo. Tanto que eu não imaginava que teria a proporção que tem hoje. Em 2006, tive o prazer de ganhar o Oscar pela minha dublagem do personagem Charlie em “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e em 2007 por dublar o Zack em “Zack e Cody Gemêos em Ação”. A partir dali eu tive certeza que era isso que eu gostaria de fazer pelo resto da minha vida.

GN – Como você vê esse mercado de dublagem atualmente?
L M – O mercado de dublagem conseguiu quebrar muitas barreiras e se diversificou muito. Em primeiro lugar, acredito que nunca podemos “generalizar” um mercado de dublagem. Com o avanço tecnológico, ficou muito mais fácil ter um estúdio de dublagem em um espaço pequeno e por um custo muito mais reduzido do que antigamente. Logo surgiram muitas empresas no mercado e a disputa pelos clientes aumentou exponencialmente. Hoje temos mercado de dublagem em diversos lugares como Rio, São Paulo, Curitiba, Miami, Brasília, Los Angeles e até mesmo em Londres. Sou totalmente a favor de novos mercados, porém, acho que devemos sempre nos posicionar em relação à qualidade dos trabalhos que estão disponíveis atualmente. Todos os locais têm potencial para qualificar pessoas e oferecer trabalhos dignos para o público, como há mercados que podem oferecer trabalhos ruins. Por isso falei na generalização, pois muitas pessoas dizem: a dublagem de ‘tal lugar’ é péssima, ou a dublagem de ‘tal lugar’ é excelente. Posso afirmar que estou há quase 20 anos nesse mercado e não é bem assim que funciona. Sempre podemos quebrar paradigmas e buscar qualidade, basta força de vontade e amor à profissão.

GN – O que indica para brasileiros que sonham em fazer dublagem no exterior?
L M – Para os brasileiros que sonham fazer dublagem no exterior, eu digo o mesmo que eu dizia para as pessoas no Brasil. Devem estudar, fazer cursos de interpretação e/ou teatro e depois buscar um curso de dublagem, pois, apesar de não ser exigido aqui no exterior, o trabalho de dublagem é um trabalho de ator, então uma pessoa que sonha em ser dublador deve se especializar. É uma profissão como qualquer outra, você pode ser simplesmente mais um ou pode se profissionalizar e buscar ser um alguém diferenciado no mercado.

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Fonte: Gazeta News