Beth Carvalho conhecida como a Madrinha do Samba. Foto: Cristina Boeckel/G1.

Famosos homenageiam e fãs se despedem de Beth Carvalho no Rio. O corpo da cantora conhecida como a Madrinha do Samba e um dos maiores nomes da história do gênero – chegou às 9h15 desta quarta-feira, 1º de maio, à sede do Botafogo de Futebol e Regatas, na Zona Sul do Rio.

O caixão foi disposto no salão nobre do clube sob bandeiras do time e colocado em uma mesa coberta com as cores da Mangueira, sua escola do coração. Um painel com imagens importantes da carreira de Beth Carvalho foi montado na entrada.

O velório foi aberto ao público às 10h. Coroas de flores foram entregues a pedido da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio (Liesa), da família de Diogo Nogueira, de Dudu Nobre e do Botafogo.

Após a cerimônia, às 16h, sairá um cortejo no carro do Corpo de Bombeiros para o crematório no Cemitério do Caju, na Zona Norte.

Beth Carvalho morreu na terça-feira, 30, aos 72 anos. Ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, desde o início de 2019. A causa da morte, segundo comunicado da unidade de saúde, foi infecção generalizada.
Em nota, o empresário da artista, Afonso Carvalho, disse que ela morreu às 17h33 de terça “cercada de amor por seus familiares e amigos”.

Há bastante tempo a cantora sofria um problema de coluna. Em 2009, Beth chegou a cancelar sua apresentação no show de réveillon da Praia de Copacabana, por causa de fortes dores. Em 2012, submeteu-se a uma cirurgia na coluna.

No ano seguinte, foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos do Tatuapé, no carnaval de São Paulo, mas não participou do desfile por motivos de saúde. Lu Carvalho, sobrinha de Beth, foi quem representou a artista na ocasião.

Em 2018, com a mobilidade cada vez mais reduzida pelos efeitos do problema na coluna, Beth fez um show histórico junto com o grupo Fundo de Quintal no Rio.

Carreira

Aonde ela foi, sambista nenhum jamais chegou: Marte. Em 1997, a interpretação de Beth Carvalho para “Coisinha do pai”, de Jorge Aragão, foi escolhida pela Nasa para “acordar” o robô Sojourner, enviado em missão ao planeta vermelho.

Beth despertou para o mundo no mesmo lugar que serviu de berço para o samba. Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu, dia 5 de maio de 1946, no bairro da Gamboa, região portuária do Rio de Janeiro, área onde o samba surgiu, no começo do século passado. Mas Beth foi criada mesmo na Zona Sul, onde desenvolveu três paixões: o Botafogo, a Mangueira e o PDT de Leonel Brizola.

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Fonte: Gazeta News