trumpalva Auxiliar de campanha acusa Trump de tê la beijado a força
“Oh, meu Deus, acho que ele vai me beijar”, ela lembrou na entrevista. “Ele está vindo direto para os meus lábios”, disse Alva Johnson

Alva Johnson participava de um comício do então candidato presidencial republicano em Tampa (FL), onde teria ocorrido o incidente

Uma ex-auxiliar da campanha de Donald Trump afirma em um novo processo judicial que o então candidato presidencial a beijou à força em 2016. Alva Johnson diz que o candidato republicano agarrou a mão dela e tentou beijá-la nos lábios durante um comício em Tampa (FL), em 24 de agosto de 2016, segundo o processo, que foi registrado na segunda-feira (25) e divulgado pelo jornal Washington Post. Entretanto, Johnson virou a cabeça e Trump acabou beijando o lado de sua boca, detalhou.

Ela considerou o incidente envolvendo Trump, quando ele saía de um trailer fora do comício, “super assustador e inapropriado”.

“Eu imediatamente me senti violada porque não estava esperando ou querendo”, disse ela ao Washington Post. “Eu ainda posso ver seus lábios vindo direto para o meu rosto”.

Johnson, de 43 anos, mãe de 4 filhos, moradora no Condado de Madison, Alabama, disse que conheceu Trump em uma manifestação ocorrida em Birmingham, em novembro de 2015. “Oh, linda, linda, fantástica”, disse ele enquanto olhava para cima e para baixo, segundo o processo judicial.

A organizadora de eventos não tinha formação em política e votou em Barack Obama em 2008 e 2012. Entretanto, Alva acreditava que a perspicácia comercial de Trump poderia ajudar as comunidades negras.

Dois meses após o encontro inicial, Johnson tornou-se a diretora de divulgação e coalizões da campanha no Alabama. Nos três meses que antecederam a eleição, ela estava trabalhando na Flórida, encarregada de gerenciar uma frota de veículos que eram usados como escritórios móveis de campanha. Foi dentro de um desses trailers onde Trump supostamente deu um beijo em Johnson. Ela havia trazido voluntários para tirar fotos com Trump, mas notou que ele tentava fazer contato visual com ela, relatou na entrevista e no processo.

Enquanto Trump deixava o trailer para comparecer ao comício, Johnson lhe disse: “Estou viajando por você desde março, longe da minha família. Você está fazendo um ótimo trabalho. Vá lá e arrase”. Foi quando Johnson alega que Trump pegou a mão dela, agradeceu e se inclinou para frente.

“Oh, meu Deus, acho que ele vai me beijar”, ela lembrou na entrevista. “Ele está vindo direto para os meus lábios. Então eu virei a minha cabeça e ele beijou o canto da minha boca, ainda segurando minha mão o tempo todo. Então, ele saiu andando”.

Johnson alega que dois simpatizantes de Trump presenciaram o incidente; Karen Giorno, chefe da campanha da Flórida, e a procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi, mas ambas negaram ter visto o suposto beijo.

“Eu me lembro de ter visto algo inapropriado? Cem por cento não”, disse Bondi em uma entrevista. “Eu sou uma promotora e, se tivesse visto algo inapropriado, teria dito algo”.

Giorno disse que as alegações de Johnson são “ridículas” e “absolutamente não aconteceram”.

Entretanto, membros da família e o namorado dela afirmam que Johnson contou sobre o suposto beijo. Ela continuou trabalhando para a campanha de Trump; mesmo depois de ter recebido uma oferta para trabalhar na sede em Nova York. Alva está processando Trump e a equipe de campanha dele por dor e sofrimento emocional, entre outras acusações. Além disso, Johnson, que é negra, também alega que foi discriminada porque recebeu menos que seus colegas brancos.

Kayleigh McEnany, porta-voz da campanha, considerou essa alegação “fora da base e infundada”. A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse que as alegações de Johnson são “obviamente absurdas”.

“Isso nunca aconteceu e é diretamente negado por múltiplas testemunhais altamente confiáveis”, disse Sanders em um comunicado.

Fonte: Brazilian Voice

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