Novo grupo de migrantes parte de Honduras com destino aos EUA

Hondurenhos se concentram para iniciar a caravana rumo aos EUA. Foto: Foto: Jorge Cabrera/ Reuters.

Um novo grupo com pelo menos 600 migrantes da América Central deixou a cidade de San Pedro Sula, em Honduras, na segunda-feira, 14, com direção à fronteira entre México e os Estados Unidos.

A nova caravana vai seguir a mesma rota usada por milhares de migrantes no ano passado que chegou à fronteira. Muitas famílias ainda aguardam pedido de asilo nos EUA enquanto milhares voltaram para Honduras.

O embate da política imigratória aumenta com o impasse sobre o muro na fronteira e os milhares de migrantes que almejam uma nova vida nos EUA.

A tensão aumenta à medida que o presidente Donald Trump permanece inflexível em sua decisão de construir um muro para impedir a entrada dos imigrantes no país e com isso o governo federal segue paralisado em suas funções.

Entre 600 e 800 hondurenhos integram a caravana, de acordo com estimativa de Miroslava Serpas, chefe de questões migratórias do centro de pesquisa de direitos humanos Ciprodeh, segundo a Reuters.

Imagens mostraram centenas de pessoas reunidas San Pedro Sula balançando bandeiras de Honduras enquanto seguem em direção à cidade fronteiriça de Água Caliente, próxima da Guatemala.

Outra parte dos migrantes, composta de principalmente de mulheres e crianças, embarcou em cerca de 30 ônibus de pequeno porte.

México estima 10 mil imigrantes de caravana na fronteira com os EUA

No último mês de outubro, uma outra caravana de imigrantes deixou Honduras composta por homens, mulheres e crianças, que, em sua maioria, diziam fugir da pobreza e da violência de gangues enraizada no país.

Enquanto cerca de 2.500 pessoas dessa caravana permanecem na cidade de fronteira de Tijuana, no México, mais de 7 mil retornaram a Honduras, de acordo com autoridades do país.

Mesmo com ameaças de Trump em cortar ajuda aos países da América Central, o governo de Honduras tenta persuadir os supostos organizadores com ameaças de prisão, mas não pode impedir a concentração pública de milhares de pessoas em San Pedro Sula nem seu posterior trânsito pelos países da América Central, onde um acordo entre os países do Triângulo Norte permite que se desloquem sem necessidade de documentos. Com informações da Reuters e El País.