Um estudo alemão apresentado no European College of Neuropsychopharmacology concluiu que os tratamentos para a depressão podem afetar o cérebro de forma positiva. A pesquisa revelou que as ligações cerebrais são retomadas em seis semanas.

“O tratamento para a depressão acaba mudando a infraestrutura do cérebro, algo que vai  contra as últimas expetativas”, revela Jonathan Repple, um dos autores do estudo. “Os doentes mostraram mais ligações cerebrais do que antes do tratamento. Os resultados podem chegar em seis semanas.”

Este tipo de mudanças no cérebro costuma ocorrer em crianças, quando o cérebro está crescendo. Acreditava-se que era algo impossível em adultos, mas parece que não.

“Significa que a estrutura cerebral de pacientes com depressão clínica grave não é tão fixa quanto pensávamos, e podemos melhorá-la num curto período. Dá esperança aos pacientes que acreditavam que nada mudaria”, continua Jonathan Repple.

Os mais de 100 doentes analisados na pesquisa da universidade de Muenster foram monitorados com recurso a exames de ressonância magnética.

“Importa agora entender se outros tratamentos conseguem também alterar as redes cerebrais”, conclui.