O São Paulo tem nesta terça-feira, às 21h30, a oportunidade de encerrar uma sequência de três jogos como mandante sem vencer e marcar gols. No Morumbi, o time do pressionado Rogério Ceni encara a Puerto Cabello, rival da Venezuela, pela segunda rodada da Copa sul-americana.

O São Paulo fez 2 a 0 no Tigre na Argentina em sua estreia no torneio continental. No entanto, vem de sequência ruim como anfitrião e no último sábado estreou no Brasileirão com derrota para o Botafogo. O ambiente é ruim e Rogério Ceni tem sido alvo de cobranças, incluindo da principal organizada do clube, que pediu a demissão do treinador.

O duelo contra o modesto Puerto Cabello pode ser a chance de o São Paulo reagir e dar uma resposta ao seu torcedor, que não vê a equipe sequer marcar gols na condição de mandante desde fevereiro, quando anotou cinco na Inter de Limeira, pelo Paulistão.

Nas três últimas partidas em casa, contra São Bernardo, Água Santa e Ituano, o São Paulo jogou mal, não balançou as redes e foi vaiado. O Água Santa, cabe lembrar, o time tricolor enfrentou no Allianz Parque, estádio do Palmeiras, mas apenas com são-paulinos nas arquibancadas.

Acostumado a conviver com baixas, Ceni pode escalar um time com poucas opções ofensivas. Erison e David, lesionados, não jogam. Luciano é dúvida em razão de um trauma na coxa direita. Pedrinho continua afastado após as acusações de agressão da ex-namorada.

A maratona desgastante de partidas e o fato de enfrentar um oponente de nível inferior tecnicamente devem fazer Ceni até preservar alguns titulares. É possível que lance mão de uma escalação alternativa, dando espaços para os que pouco têm jogado em 2023.

A Academia Puerto Cabello não tem muita expressão fora da Venezuela, mas domina a liga local, na qual está invicto e que lidera com 11 pontos de vantagem para o segundo colocado.

Em sua segunda participação na Sul-Americana, o time venezuelano jogará fora de seu território pela primeira vez. A equipe disputou quatro partidas pelo torneio continental, todas em seu país. O Tolima, da Colômbia, para o qual perdeu na estreia, foi o primeiro adversário não venezuelano que a equipe enfrentou em sua história.