SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou nesta terça (31) que não tomará medidas punitivas contra a atriz Andrea Riseborough e os envolvidos na campanha pela nomeação da artista ao Oscar pelo filme “To Leslie”.

A organização também confirmou que vai lidar com as táticas usadas para impulsionar o nome de Riseborough na corrida, classificando como “preocupante” o uso de redes sociais na campanha do filme. O regulamento da premiação deve ser ajustado para o próximo ano.

No comunicado, Bill Kramer, CEO da Academia, escreve que o grupo “determinou que a atividade em questão não chega ao nível que a indicação do filme deva ser rescindida”. “Entretanto, nós descobrimos táticas de campanha para redes sociais e divulgação que geraram preocupação. Essas táticas estão sendo lidadas diretamente com as pessoas responsáveis.”

A decisão foi feita durante uma reunião realizada nesta terça entre o conselho de diretores da organização, evento rotineiro do grupo que ganhou notoriedade dessa vez por ter incluído a avaliação do caso.

A campanha de Riseborough ganhou notoriedade pelo uso das redes sociais para promover a atriz por um filme independente. A pedido da artista, nomes como Cate Blanchett, Edward Norton, Jennifer Aniston, Courteney Cox, Demi Moore, Mia Farrow e Charlize Theron publicaram mensagens de apoio à atriz em seus perfis no Instagram.

O trabalho dividiu a indústria também por manobras de simpatizantes como o agente Jason Weinberg e a atriz Frances Fisher, que abordaram pessoas próximas de membros da Academia e fizeram ações que podem ser enquadradas como campanha contra outras atrizes passíveis de indicação.

No anúncio de hoje, Kramer escreve ainda que o propósito das regras da Academia envolvendo campanhas é de “garantir um processo de premiação justo e ético”, o qual define como valores centrais da organização.

A cerimônia de entrega do Oscar acontece no dia 12 de março no Dolby Theatre, em Los Angeles.