Noah Sneeds, 2 anos. Foto: Gofundme.

Dois quesitos de segurança que poderiam ter salvado a vida do menino Noah Sneed, de 2 anos, que morreu após ficar horas esquecido dentro de uma van no dia 29 de julho em Oakland Park, falharam, segundo a polícia.

De acordo com o depoimento da motorista da van da creche Ceressa’s Enrichment and Empowerment Academy, tanto o alarme de segurança projetado para alertar motoristas de creches quando uma criança não saiu da van, quanto a contagem das crianças que saem do veículo, geralmente feita por algum responsável pela creche – não foram colocados em operação no dia, de acordo com a divisão de Licenciamento e Execução Infantil do Condado de Broward.

Em depoimento à polícia, a motorista da van disse que desligou o alarme que poderia ter evitado a tragédia, aponta o relatório. Ela disse que estacionou a van do lado de fora da creche por volta das 9h30 do dia 29 de julho. Ela então saiu e caminhou para o lado de fora da van até a parte de trás para desligar o alarme de segurança. Depois, permitiu que as crianças saíssem da van e entrassem na creche.

A motorista deveria inspecionar cada assento antes de desligar o alarme, diz o relatório.

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Além disso, a direção ou algum outro funcionário responsável, que geralmente faz o atendimento e recebe as crianças, não estava na creche na hora em que as crianças saíram da van, de acordo com o relatório. Noah foi encontrado morto dentro da van por volta das 15h30. Ele não estava em um assento infantil apropriado e estava amarrado ao cinto de segurança. Segundo a polícia, sua morte se deu mais provável por hipertermia pelo calor – no dia, a temperaturas na área atingiu 90°F.

Imagem: Local 10.

Para a polícia, o motorista não seguiu os procedimentos corretos para operar o alarme no veículo, “pois afirma que o motorista ou um membro da equipe deve inspecionar fisicamente cada assento antes de desligar o alarme”, escreveu Ellen Pincus, especialista em licenciamento de puericultura do Condado de Broward.

Os inspetores interditaram a creche no dia 31 de julho por falta de supervisão do veículo, de alarme de segurança infantil, nenhum registro de transporte, atendimento diário e restrições inadequadas dos cintos de segurança.

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“A frequência diária de crianças deve ser registrada com precisão pelo pessoal de atendimento infantil, documentando o momento em que cada criança entra e sai do estabelecimento”, escreveu Pincus.

Detetives da unidade de homicídios estão investigando a morte de Noah e até o momento ninguém foi preso.

Amigos da família criaram uma campanha no Gofundme para ajudar com o funeral do Noah.

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Fonte: Gazeta News