SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mike Hodges, diretor de cinema britânico por trás de “Carter, o Vingador”, de 1971, e “Flash Gordon”, de 1981, morreu no último sábado (17) em sua casa em Dorset, na Inglaterra, aos 90 anos.

Famoso por longas pulp e de ficção científica, principalmente “Carter, o Vingador”, com atuação marcante de Michael Caine, Hodges não fazia filmes desde “Vingança Final”, de 2003.

O diretor nasceu em Bristol, na Inglaterra, em 1932 e chegou a trabalhar como contador, na Marinha e como operador de teleprompter antes de começar a fazer filmes.

Seus primeiros roteiros, para a televisão, estrearam em 1969 e 1970. Bem recebido, ele logo recebeu um convite para adaptar “Get Carter”, livro de Ted Lewis sobre gangsters que se tornaria um clássico cult em suas mãos.

Hodges, porém, nem sempre encontrou aceitação no meio cinematográfico –ele era visto como outsider e mal garantia sucesso comercial para seus títulos. Entre filmes nunca lançados, filmes editados pelas costas dele e até produções nas quais ele foi substituído como diretor, a produção de Hodges ficou restrita.

As primeiras obras, porém, continuam com status cult –e o diretor tem seu nicho de fãs.

Em 2003, porém, ele optou por se aposentar das câmeras e passou a se dedicar a escrever literatura noir e cuidar de uma horta em sua casa em Dorset, onde faleceu.
Hodges deixa esposa, dois filhos e cinco netos.