Apesar da vitória contra o Santos e o segundo lugar na classificação geral do Campeonato Paulista, Rogério Ceni está preocupado com o futuro do São Paulo. As lesões assombram o clube paulista e, no clássico, quatro foram os jogadores que saíram de campo com algum tipo de desconforto: David, Rodrigo Nestor, Wellington e Orejuela. A lista de problemas é enorme e eles se juntam a Erison, Ferraresi, Rafinha, Igor Vinícius, Arboleda, Moreira, Caio, André Anderson e Diego Costa.

Em um começo de temporada em que o tricolor paulista está oscilando em campo, Ceni enxerga as lesões como a principal culpada pelo desempenho inconstante do time. Ao projetar o futuro da competição, o técnico foi cauteloso ao falar sobre qual time deve encarar a fase final do Paulistão.

“Se nós recuperarmos os jogadores que estão no departamento médico antes dos jogos decisivos, teremos um time mais compacto e completo. Se não conseguirmos recuperar esses jogadores, a tendência é que o time oscile muito mais”, afirmou o treinador.

Ceni ainda apontou para o fato de que a defesa são-paulina que finalizou o clássico contra o Santos era formada por atletas que jamais haviam treinado junto. “Eu não consigo treinar defesa pelo número de lesionados. Nesse momento, não conseguimos treinar o time como um todo. Conseguimos treinar alguns setores como o meio-campo ou o ataque, mas não consigo treinar mais do que isso.”

Além de prejudicar o desempenho atual do time, o número de lesões elevadas também contribui para o aumento de contusões, gerando um efeito bola de neve. “Os jogadores estão exaustos e o sistema de defesa quase não tem troca. E não por não termos jogadores, mas porque esses atletas vêm de lesões sérias. Assim, você acaba tendo que repetir. E a tendência é que, se você repetir, mais lesões vão aparecer.”

Apesar da atual situação, Ceni acredita que o São Paulo possa conquistar o Campeonato Paulista. Para isso, no entanto, é necessário um plantel saudável. “Temos que recuperar os jogadores para treinar um time para os jogos decisivos do Paulistão. São nessas partidas que não podemos oscilar”, disse Rogério.