Diversos conflitos entre a polícia e manifestantes estão sendo registrados nos arredores de uma base aérea na capital, Caracas, onde o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, anunciou um levante militar contra o presidente Nicolás Maduro. Homens com rosto coberto lançam pedras contra os policiais, que revidam com bombas.

O líder opositor e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou nesta terça-feira, 30, que conta com o apoio de um grupo de militares para “restaurar a democracia” e “acabar com a usurpação de poder” – como os opositores se referem ao governo de Nicolás Maduro. O anúncio foi feito em um vídeo publicado em redes sociais.

Guaidó também convocou outros militares a se juntarem a seu movimento e pediu que a população saia às ruas, “de forma pacífica” para apoiar sua reivindicação. “Hoje, valentes soldados, valentes patriotas, valentes homens apegados à Constituição vieram ao nosso chamado. Nós também viemos ao chamado, definitivamente nos encontraremos nas ruas da Venezuela”, disse o líder opositor.

“Neste momento precisamos ter calma e coragem (…) para restaurar a calma na Venezuela”, afirmou Guaidó.
O governo dos Estados Unidos demonstrou apoio à tentativa da oposição venezuelana de derrubar o regime do presidente Nicolás Maduro com o auxílio de facções de Forças Armadas que romperam o chavismo.

O chefe da diplomacia Mike Pompeo expressou o “completo apoio” de seu país ao povo venezuelano “em sua busca pela liberdade e a democracia”, depois que o líder opositor Juan Guaidó anunciou a rebelião de um grupo de militares.

Além disso, o político opositor Leopoldo López, que aparece ao lado de Guaidó nas imagens publicadas nas redes sociais, afirmou que foi libertado por militares e também pediu que os venezuelanos tomem as ruas pacificamente contra o governo socialista.

O governo venezuelano denunciou uma “tentativa de golpe de Estado”, depois que o opositor Juan Guaidó afirmou ter o apoio de um grupo de “soldados corajosos”.

Por telefone, o pai de López afirmou à Associated Press que espera uma resposta militar e popular depois do chamado feito pelos opositores. “Veremos um chamado para acabar com a usurpação (da presidência) e, bem, eu espero que o governo usurpador acabe hoje”, disse.

Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão pelos protestos antigovernamentais de 2014, estava em prisão domiciliar. Nas redes sociais, ele afirmou que foi libertado pelos militares que apoiam Guaidó.

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, afirmou em sua conta no Twitter que há normalidade nos quartéis, rechaçando o “movimento golpista” comandado pelo líder oposicionista Juan Guaidó. Mais cedo, Guaidó disse que tinha o apoio das Forças Armadas e convocou o povo às ruas para derrubar o presidente Nicolás Maduro.

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Fonte: Gazeta News