Johanna Maribel Tapia, solteira de 33 anos e estilista de profissão, desapareu há pouco mais…
Johanna Maribel Tapia, solteira de 33 anos e estilista de profissão, desapareu há pouco mais de um mês na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
Sua irmã, Concepción Tapia, pediu ajuda à organização 1800 Migrante para localizá-la, depois que a equatoriana parou de se comunicar em algum ponto do deserto entre Ciudad Juárez, no México, e El Paso, no Texas.
“Ela trabalhava na cidade de Guayaquil, decidiu viajar até os Estados Unidos para conhecer o namorado”, indica o relatório da organização.
Ela pegou o que os equatorianos chamam de “rota mexicana”, ou seja, um voo direto do Equador para o México e depois se dirigiu à fronteira para a travessia ilegal rumo aos Estados Unidos. No dia 17 de abril, foi a última vez que a família recebeu notícias dela.
“Ela nos contatou para dizer que ia atravessar o deserto, mas três dias depois alguém ligou e disse que a minha irmã não podia continuar e que estava abandonada”, disse Concepción, que considera que isso foi uma mentira do “coiote”.
A família insistiu em detalhes sobre o destino de Johana, mas a pessoa que a ajudaria a atravessar – sobre a qual não foram fornecidas mais informações – deu uma nova versão dos acontecimentos.
“Mais tarde, quando exigimos que nos contassem a verdade, mudaram a versão e disseram que minha irmã não podia mais seguir em frente e que mandaram ela se entregar às autoridades, seguir a estrada da fronteira até ver câmeras”, disse a irmã. “Precisamos de toda a ajuda que eles podem nos dar para encontrar minha irmã, porque estamos desesperados”.
Os parentes de Johanna foram ao Gabinete do Procurador-Geral em Guayaquil para registrar uma queixa, mas foram informados de que não havia nada que eles pudessem fazer, porque o desaparecimento foi em outro país. Eles também enfrentaram problemas no Ministério do Exterior, onde dificultaram o andamento do caso. “A saída dos equatorianos já é um problema político e social de grandes dimensões que o governo equatoriano deve enfrentar como se fosse seu e não fechar os olhos”, expressou William Murillo, porta-voz da organização de ajuda e assessoria aos migrantes. “Estamos falando de seres humanos, dezenas de milhares de equatorianos que correm para as fronteiras em busca de um futuro melhor e apostam suas vidas para alcançá-lo. É hora de soluções políticas importantes”, acrescentou.
Johanna está desaparecida há mais de um mês, em uma área perigosa, seja pela natureza, pelo aumento das temperaturas durante o dia e do frio à noite, seja pela operação do crime organizado. “A mulher vestia roupas pretas, inclusive boné da mesma cor. Ela tem cabelos escuros”, diz a denúncia.
As pessoas que puderem fornecer dados para nas buscas, pode entrar em contato através do site www.1800migrante.com ou ligar para os telefones 0995 135 222 (Equador) ou 1-631-408-1994, nos Estados Unidos.
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Fonte: Brazilian Times