Os imigrantes não abriram as portas, mas os agentes prometeram voltar.

O início do ataque feito por agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês), no Brooklyn, em New York City, começou antes da data prometida pela Casa Branca. A ação contra imigrantes indocumentados gerou uma onda de revolta e dezenas de ativistas saíram ás ruas para protestar.

Agentes do ICE chegaram, no sábado (13), a um prédio no Sunset Park, tocando todas as campainhas, mas acabaram saindo de mãos vazias.

O presidente Donald Trump prometeu uma varredura que iniciaria no domingo, por agentes federais em New York e outras oito cidades em todo o país como parte de seu plano para conseguir reforçar as fronteiras do país.

“Quando eles estavam saindo, ouvimos dizer: ‘Voltaremos'”, disse uma mulher que morava no prédio. “Estou triste porque minha filha estava acordada e ouviu tudo e ficou muito assustada”.

A surpresa do ICE enfureceu o vereador Carlos Menchaca, que representa o bairro do Brooklyn. “Isso é para branquear a América”, acusou Menchaca, detonando Trump em uma coletiva de imprensa em Manhattan. “Isso vem do topo do governo, de um homem branco, supremacista branco. Esse é um homem branco dizendo que nosso país precisa ser branco e precisa para ser mais branco ainda e que é preciso remover as pessoas de cor”, detonou.

A tensão foi grande em toda a cidade durante a véspera da ação de aplicação antecipada. As igrejas abriram suas portas para os indocumentados, prometendo proteção de última hora. Vários imigrantes disseram que planejavam sair da cidade por alguns dias, permanecendo com amigos ou indo de um lugar para outro para evitar a prisão.

“Não estamos andando, dormindo, fazendo nada da vida normal agora”, disse Shamin, um homem de Bangladesh que mora atualmente no Brooklyn. “A vida de todos está foram do normal”

Nas ruas de Queens, a simples menção do planejado esforço dos ataques, no domingo, deixou os moradores em silêncio e olhando fixamente para a calçada. O medo era predominante entre os vendedores de rua na Jackson Heights, mesmo entre aqueles que moravam aqui legalmente.

“As pessoas ficaram com medo neste fim de semana e com razão”, disse um dono de taverna no Queens, um cidadão americano de família mexicana que ainda se recusou a dar seu nome. “Trump quer consertar a economia. Mas a espinha dorsal da economia é a gente”.

As portas da Fourth Universalist Society Church ficaram abertas no sábado. Ela é uma das igrejas santuário de imigrantes na cidade.

Conforme foram aconselhados, os imigrantes não abriram as portas para os agentes e nenhuma prisão foi registrada. Mas os oficiais do ICE prometeram voltar e munidos de toda a documentação para prender os imigrantes que eles procuram.

Fonte: Redação Braziliantimes (com informações do Daily News)

Fonte: Brazilian Times