Seis leões foram mortos por pastores no sábado, no Quênia, depois de matarem cabras e um cão em aldeias próximas do Parque Nacional de Amboseli.

Em declarações aos jornalistas, o presidente executivo da Fundação Big Life Quênia, Richard Bonham, explicou que os guardas florestais daquela organização tentaram dispersar um grupo de nove leões depois dos ataques, mas seis recusaram-se a sair.

Para o local foi enviada a polícia, um veterinário e membros do Serviço de Vida Selvagem do Quênia. Decidiu-se que os leões deveriam ser mantidos no complexo da Fundação Big Life Quênia até à noite seguinte, para depois saírem em segurança. Contudo, “as tensões aumentaram quando dezenas de pessoas romperam a cerca do complexo”, matando os seis leões.

“Muitos membros da multidão estavam armados com lanças, e qualquer intervenção do Serviço de Vida Selvagem do Quênia, da polícia ou da Big Life teria arriscado a escalada de uma situação extremamente volátil e quase certamente resultaria em ferimentos humanos ou morte”, notou Richard Bonham, citado pela Sky News.

“Embora estejamos aliviados por não haver feridos humanos, este incidente isolado, mas trágico, é uma dura ilustração dos desafios em garantir a coexistência entre humanos e animais selvagens”, acrescentou.

Ressaltando que as mortes ocorreram apenas três dias depois de um leão de 19 anos, o mais velho de África, também ser morto por pastores depois de sair do parque nacional à procura de alimento. Era conhecido como ‘Loonkito’.

“Só na semana passada, um total de 10 leões foram mortos por pastores”, informou a Fundação Big Life Quênia.

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