Anna Phillips, professora de arte de 65 anos numa escola internacional no Quirguistão, pensou que estava sendo enganada quando recebeu uma carta da Finders International – que identifica herdeiros de propriedades e ativos em todo o mundo – com a oferta de parte de uma herança de 180 mil libras (cerca de 1 milhão de reais) de um homem que nunca tinha conhecido. Afinal eram familiares.

Segundo o LiverpoolEcho, George Anderson, de 81 anos, morreu em julho de 2019 numa casa de repouso em Kirkby, Inglaterra, sem deixar um testamento ou qualquer parente próximo conhecido.

No entanto, graças aos esforços da Finders International, os parentes com direito a herdar a propriedade de George foram localizados com sucesso.

George, nascido em Everton, Liverpool North em 1938, era filho único e nunca se casou nem teve filhos. Enquanto os investigadores se debruçavam sobre a história da família de George, embarcaram numa viagem que os levou à Austrália, Malta, Canadá e até ao Quirguizistão. Por fim, os 26 beneficiários foram localizados, tendo sido reunidos para reclamar as suas legítimas partes da herança.

Anna Phillips era uma das beneficiárias. “Recebi uma carta da Finders International sobre George Anderson. Pensei logo que era um golpe”, disse, acrescentando que “nunca tinha ouvido falar dele”.

“Um pouco mais tarde, quando regressava a casa depois de um dia de aulas, recebi um telefonema. Foi surreal saber que eu era parente de um homem que nunca tinha conhecido e que tinha sido localizada como beneficiária do seu patrimônio. Foi totalmente inacreditável”, relatou ainda.

George era o único filho de Elizabeth Philips e George Anderson, que se casaram em 1937. O seu pai morreu em 1969 e a sua mãe em 1998. A mãe de George, Elizabeth Philips, era uma dos dez filhos, quatro dos quais morreram ainda bebês.

Um dos irmãos de Elizabeth, Thomas Phillips é o avô de Anna. Então a mãe de George e o avô de Anna eram irmãos.

“É uma pena que eu nunca o tenha conhecido ou que nunca nos tenhamos encontrado. Agora entendo como sou parente dele, mas nunca teria descoberto isso sozinha. Todo o processo ajudou a me colocar de volta em contato com uma família extensa, e a oportunidade de ter uma árvore genealógica totalmente mapeada é realmente algo especial”, sublinhou Anna.

De acordo com a ‘premiada’, embora a herança não mude a sua vida, foi uma boa surpresa. “Pagámos parte de nossa hipoteca na Tasmânia e depois demos parte aos nossos filhos”, afirmou.