SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Reynolds Polymer Technology, empresa americana que participou da construção do aquário que explodiu em Berlim na sexta-feira (16), enviou uma equipe de especialistas à Alemanha para investigar as causas do incidente.

O AquaDom, considerado o maior aquário cilíndrico independente do mundo, com quase 16 metros de altura, abrigava 1.500 peixes exóticos e ficava no hotel Radisson Blu, no centro da capital alemã e perto de outros pontos turísticos, como a Catedral de Berlim, a Alexanderplatz e o Portão de Brandemburgo.

Segundo autoridades alemãs, quase todos os peixes morreram após a explosão, que espalhou mais de 1 milhão de litros de água e detritos em uma rua no movimentado distrito de Mitte.

“Ainda é cedo para determinar o fator ou os fatores que levaram a uma rachadura como essa”, afirmou em comunicado a Reynolds Polymer Technology, segundo relatos dos jornais alemães Die Welt e Frankfurter Allgemeine Zeitung.

A empresa afirmou ter construído e instalado a janela de acrílico do AquaDom. Também comunicou suas “condolências aos hóspedes do hotel, funcionários afetados e pessoas feridas”. “Lamentamos muito a perda de animais e formas de vida aquáticos. Agradecemos aos funcionários e socorristas que conseguiram transportar e salvar alguns dos peixes.”

Duas pessoas foram feridas por estilhaços após a explosão do aquário, incluindo um funcionário do Radisson. Cerca de 350 hóspedes do hotel deixaram o local a pedido das equipes de emergência, que temem danos estruturais. Segundo socorristas, ainda há cinco centímetros de água na garagem subterrânea do hotel.
Em depoimento à Folha de S. Paulo, pessoas que estavam no local na hora do acidente descreveram a cena como “um tsunami”.

A causa da explosão ainda é desconhecida, mas uma das suspeitas das autoridades é de que as baixas temperaturas tenham provocado rachaduras na estrutura, que acabou cedendo à pressão das mil toneladas de água. Há suspeitas ainda de que tenha havido fadiga de material.

O AquaDom foi fechado para reformas em outubro de 2019. Devido à pandemia de Covid-19, seguiu fechado por quase três anos, até junho deste ano. Segundo a empresa que o administra, o aquário abrigava espécies que vão de peixes-palhaços, como o do filme “Procurando Nemo”, a cavalos-marinhos, águas-vivas e arraias.