Um grupo de ativistas climáticos alemães continuou na quinta-feira passada com um protesto que durou toda a semana, interrompendo o tráfego nas principais estradas de Berlim ao colarem as mãos no asfalto.

Essa forma extrema de protesto é uma prática comum em várias organizações climáticas internacionais e visa alertar para o impacto do tráfego e dos automóveis nas mudanças climáticas.

Em Berlim, os ativistas da Letzte Generation (“Última Geração”) consideram que o governo alemão não está sendo suficientemente ambicioso na luta contra as mudanças climáticas, exigindo o fim do uso de todos os combustíveis fósseis até 2030 e a imposição de limites de velocidade mais restritos nas autoestradas alemãs.

A Deutsche Welle explica que os protestos nas principais estradas de Berlim começaram no início da semana e, na segunda-feira, os acessos foram bloqueados em 33 locais, incluindo a via que circunda a capital. A manifestação começou às 7h30 da manhã, em plena hora do rush.

No domingo, durante uma corrida de Fórmula E, os ativistas tentaram colar-se à pista e atrasaram o início do grande prêmio.

As autoridades têm estado atentas ao surgimento de ativistas, com centenas de policiais presentes. A forte mobilização foi notada pela Letzte Generation, que tem compartilhado vídeos nas redes sociais mostrando o que consideram ser uso excessivo de força para retirar os manifestantes do asfalto.

Além de colar as mãos na estrada – uma forma de protesto baseada na desobediência pacífica, na qual os ativistas não obedecem às autoridades, mas também não usam a força para suas reivindicações -, estão previstas mais marchas e protestos contra a falta de iniciativa pública para apoiar o meio ambiente e as próximas gerações, que terão que lidar com o impacto maior da crise climática

 

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