O Japão dos últimos 70 anos nunca foi um país associado à violência política.

Daí também o choque devastador causado nesta sexta-feira (8) pelo assassinato do ex-chefe de governo Shinzo Abe.

Morto por um atirador solitário quando participava de um comício de rua.

Shinzo Abe não era apenas um político de grande projeção num sistema no qual mudam muito os nomes, mas pouco as coisas.

O nome de Abe ficou associado a uma tentativa de tirar o país da estagnação.

E também de parte do status do pós-guerra, com uma constituição pacifista imposta pelos Estados Unidos.

Toda vez que um personagem político de grande projeção desaparece de forma súbita fica no ar a pergunta sobre o peso desse personagem – no caso, Abe – ao dirigir os acontecimentos.

Abe foi assassinado sem ter conseguido muito do que pretendia, como reforçar o papel da mulher, reformar a constituição e fazer a economia do país crescer mais depressa.

Virou um símbolo do que poderia ter sido.

Fonte: CNN Brasil