O Brasil tem 2.004 casos confirmados da varíola dos macacos, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados neste sábado (6).

Os estados de São Paulo (1.501), Rio de Janeiro (230), Minas Gerais (81) e Goiás (38) são os que apresentam mais casos da doença.

Em entrevista à CNN, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, afirmou que o país apresenta rápida expansão do vírus.

“A doença caminha para ter uma transmissão comunitária sustentada em todo o país e poderá, no futuro, se comportar também com fenômenos de surtos em alguns aglomerados populacionais, tanto familiares quanto de trabalho e escolares”, afirmou.

Segundo Fernandes, as mudanças no perfil epidemiológico da doença devem ser acompanhadas de planos e protocolos sanitários.

“Na investigação dos surtos, a testagem é fundamental. O que temos de novo neste momento é que o Ministério da Saúde ampliou o critério de diagnóstico para que qualquer pessoa com uma ou mais lesões suspeitas características possa ser testado, independente do vínculo epidemiológico”, disse Fernandes.

Segundo o especialista, a ampliação da testagem permite o dimensionamento da expansão da doença pelo país.

“Nós teríamos condições, caso as amostras sejam coletadas, de reconhecer melhor o comportamento da epidemia que já deve estar em transmissão comunitária em todos os estados brasileiros”, disse.

Transmissão e sintomas da Monkeypox

Em geral, a varíola dos macacos começa com uma febre súbita, forte e intensa. O paciente também tem dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e fundamentalmente o aparecimento de gânglios (inchaços popularmente conhecidos como “ínguas”), que podem acontecer tanto na região do pescoço, na região axilar, como na região genital.

O vírus da varíola dos macacos é transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.

“A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas infectadas. Lembrando que a principal forma de transmissão ocorre através do contato pele a pele, pessoal, ou obviamente através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado com a varíola dos macacos”, afirma Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Fonte: CNN Brasil