O Conselho Universitário da USP aprovou, na quinta-feira (10), a implantação de um novo sistema de ingresso de estudantes aos cursos de graduação da Universidade via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A partir deste ano (para ingresso em 2023), os candidatos serão convocados diretamente pela Fuvest a partir das notas que obtiverem nas provas do Enem. A nova forma de ingresso se chamará Enem-USP.

A universidade deixa de utilizar o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ligado ao Ministério da Educação (MEC), para selecionar os estudantes.

O objetivo da alteração é possibilitar que o estudante aprovado via Enem possa efetuar sua matrícula juntamente com o ingressante pela Fuvest, não dependendo do sistema e do calendário do Sisu.

Além disso, comissões serão responsáveis pela averiguação da autodeclaração dos candidatos convocados para matrícula nas vagas reservadas para pretos e pardos.

Um edital específico com o calendário e orientações quanto à inscrição no sistema deverá ser divulgado em breve. A partir do próximo processo seletivo (para ingresso em 2024), as inscrições serão feitas obedecendo o mesmo calendário da Fuvest.

USP

Neste ano, a USP oferece 11.147 vagas em seus cursos de graduação, das quais 8.211 são destinadas para seleção pelo vestibular da Fuvest e 2.936 vagas para o Enem-USP, sem alteração ao que já havia sido aprovado pelo Conselho Universitário em junho deste ano.

Do total de vagas oferecidas pela Fuvest, 4.954 serão reservadas para candidatos na modalidade Ampla Concorrência; 2.169 vagas para candidatos EP (Escola Pública); e 1.088 para EP/PPI (Escola Pública/Pretos, Pardos e Indígenas). Para a seleção do Enem-USP estão sendo destinadas 606 vagas para Ampla Concorrência; 1.237 para estudantes EP e 1.093 para estudantes EP/PPI.

De acordo com a resolução nº 7.373/2017, que estabelece as formas de ingresso na Universidade, 50% das vagas de cada curso de graduação e turno estão reservadas para candidatos egressos de escolas públicas (EP).

Em 2022, a USP registrou o índice de 50,2% de alunos matriculados oriundos de escolas públicas em seus cursos de graduação e, dentre eles, 36% autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI). Das 10.901 vagas preenchidas este ano, o que representa 97,8% do total, 5.468 são alunos de escolas públicas e, desses, 1.969 são PPI.

Atualmente, do total de 59.267 alunos de graduação, 20.231 ingressaram em vagas destinadas às políticas de ações afirmativas, o que equivale a 34%.

Fonte: CNN Brasil