O presidente Joe Biden enfatizou no discurso de Estado da União, nesta terça-feira (8), o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia diante da invasão da Rússia, à medida que a guerra se aproxima de seu aniversário de um ano.

“Juntos, fizemos o que a América sempre faz de melhor”, disse Biden. “Nós lideramos. Unimos a Otan. Construímos uma coalizão global. Resistimos à agressão de Putin. Ficamos ao lado do povo ucraniano. Esta noite, mais uma vez, a embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos se juntou a nós. Ela representa não apenas sua nação, mas a coragem de seu povo”, continuou.

Biden anunciou na última sexta-feira (3) um pacote no valor de mais de US$ 2.17 bilhões ao país do Leste Europeu, incluindo mísseis de longo alcance pela primeira vez.

No mês passado, os EUA se comprometeram a fornecer à Ucrânia 31 tanques avançados M-1 Abrams, uma decisão tomada em conjunto com os países europeus que fornecem tanques Leopard 2 fabricados na Alemanha.

Foi uma reversão de uma linha vermelha anteriormente mantida pelos EUA e outros países ocidentais, como a Alemanha. Os tanques são novas ferramentas poderosas, permitindo que a Ucrânia parta para a ofensiva e retome o território tomado pela Rússia.

Na época do anúncio, Biden insistiu que os tanques não deveriam ser vistos por Moscou como uma “ameaça ofensiva”. No entanto, na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que o Ocidente estava ameaçando Moscou “novamente” com tanques de caça Leopard de fabricação alemã.

Uma coisa que ainda está fora de cogitação para os EUA são os caças a jato. Biden respondeu anteriormente que não enviaria jatos para a Ucrânia.

Funcionários do governo norte-americano e aliados dizem que os jatos seriam impraticáveis, tanto porque exigem treinamento considerável, quanto porque a Rússia possui extensos sistemas antiaéreos que poderiam facilmente derrubá-los.

Tudo isso ocorre quando Kiev aumentou a pressão sobre os aliados para enviar mais ajuda e armas – especialmente caças – antes de uma possível ofensiva russa na nos próximos meses. Mesmo agora, intensos combates continuam no leste da Ucrânia, com ataques russos frequentemente direcionados a alvos civis.

A CNN informou que as autoridades americanas e ocidentais estão instando a Ucrânia a mudar seu foco da brutal luta de meses na cidade oriental de Bakhmut e priorizar uma potencial ofensiva no sul, usando um estilo diferente de luta que tira proveito do bilhões de dólares em novos equipamentos militares recentemente comprometidos por aliados ocidentais.

Biden está considerando fazer uma viagem à Europa perto do aniversário de um ano da invasão da Ucrânia pela Rússia no próximo mês, disseram dois altos funcionários do governo à CNN.

Uma das autoridades revelou que uma parada em consideração é a Polônia, um importante aliado da Otan que atualmente abriga milhares de soldados americanos e também serve como um centro para transferências de armas ocidentais para a Ucrânia. Militares dos EUA também estão treinando tropas ucranianas no país.

É altamente improvável que Biden viaje para a Ucrânia, conforme explicou um dos funcionários, dadas as preocupações de segurança em andamento.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

versão original

Fonte: CNN Brasil