A Ucrânia está pronta para lançar sua tão esperada contraofensiva na guerra contra a Rússia, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em uma entrevista ao The Wall Street Journal.

“Acho que, a partir de hoje, estamos prontos para isso. Gostaríamos de ter certas coisas, mas não podemos esperar por isso por meses”, disse Zelensky sobre as tão esperadas manobras militares.

O presidente disse acreditar que a contraofensiva será bem-sucedida, mas não sabe ao certo quanto tempo levará.

“Todos sabem perfeitamente que qualquer contraofensiva no mundo sem controle nos céus é muito perigosa. Imagine o que um militar sente, sabendo que não tem um ‘teto’ e não consegue entender como os países vizinhos têm isso”, disse Zelensky sobre sua campanha obstinada por aliados para fornecer caças F-16 à Ucrânia.

De acordo com o WSJ, Zelensky reconheceu a superioridade da Rússia nos céus, acrescentando que a falta de proteção contra o poder aéreo russo significa que “um grande número de soldados morrerá” durante a contraofensiva.

“Se todo mundo sabe que precisamos de proteção para nossos céus, então qual é o problema em (nos dar) os jatos modernos? Qual é o problema?”, ele implorou.

Sobre a OTAN

Zelensky disse que entendia que a Ucrânia não seria capaz de ingressar na OTAN enquanto sua guerra contra a Rússia continuasse: “Não queremos estar na OTAN durante a guerra. É tarde demais agora. Devíamos ter estado lá antes”.

Todos os aliados da OTAN concordam que “a Ucrânia se tornará um membro da aliança”, disse o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, na quinta-feira, antes da próxima cúpula da aliança, que deve ocorrer em Vilnius, Lituânia, em 11 e 12 de julho.

Zelensky, que espera garantir na cúpula que a Ucrânia pode ingressar na OTAN após a guerra, disse ao WSJ: “Se alguns países não nos veem na OTAN e não recebemos um sinal em Vilnius, acho que não faz sentido para a Ucrânia estar nesta cúpula.”

Questionado se achava que esse sinal seria dado, Zelensky respondeu: “Não sei. Serei honesto com você, não sei.”

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil