A troca de farpas públicas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Michel Temer (MDB) antecipou uma queda de braço entre o petista e o emedebista na disputa do ano que vem, segundo o entorno de ambos.

Os dois devem estar em palanques adversários como padrinhos políticos e cabos eleitorais dos dois principais candidatos ao comando da capital paulista, o maior colégio eleitoral do país.

Temer apoiará a reeleição do prefeito Ricardo Nunes, do MDB, que já começou a articular um leque de alianças que pode incluir inclusive o PL, de Jair Bolsonaro.

Já Lula garantiu apoio ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), em um acordo esboçado no ano passado que incluiu o não lançamento pelo PSOL de candidatura própria para a disputa presidencial.

No PT, no entanto, há resistências internas para um apoio a Boulos. No partido, dirigentes municipais avaliam que o partido deveria lançar candidatura própria para se fortalecer para a disputa ao Palácio dos Bandeirantes em 2026.

Lula voltou na quarta-feira (25) a se referir a Temer como golpista, em uma referência ao processo de impeachment sofrido por Dilma Rousseff em 2016. A crítica foi feita em viagem ao Uruguai.

Em resposta, Temer disse que Lula se mantém no palanque. Ele afirmou que o “país não foi vítima de golpe algum” e negou ter destruído as iniciativas petistas.

Fonte: CNN Brasil