O técnico do Paris Saint-Germain, Christophe Galtier, respondeu nesta quarta (12/04) as acusações de que teria feito comentários racistas e islamofóbicos quando trabalhava no Nice. Por meio do seu advogado, o treinador diz que ficou “chocado ao saber da difamação” e prometeu tomar medidas judiciais.

O canal francês RMC Sport, assim como outros veículos da imprensa francesa, publicaram reportagens sobre um e-mail vazado de autoria atribuída a Julien Fournier, ex-diretor de futebol do Nice. No texto, direcionado aos donos do clube, ele acusa Galtier de reclamar que o elenco do Nice tinha muitos jogadores negros e muçulmanos.

O treinador também teria dito que “isso não reflete o perfil etnológico” da cidade localizada na Riviera Francesa. Galtier teria feito tais afirmações durante uma conversa com Fournier, em 2021. O próprio Fournier, contudo, negou ser o responsável pelo e-mail vazado. “O momento dessas revelações me revoltam, assim como seu conteúdo”, disse ao jornal Nice-Matin.

Em entrevista concedida à RMC em setembro do ano passado, o ex-diretor de futebol deixou claro que tinha desavenças com Galtier na época em que trabalhavam juntos. Chegou a dizer que o atual treinador do PSG não deveria “entrar em um vestiário novamente, na França ou em qualquer lugar da Europa”.

Após as acusações virem à tona, o Ultras Paris Collective, grupo de torcedores do PSG, pediu a demissão de Galtier caso o racismo e a islamofobia sejam comprovados. “O Ultras Paris Collective está acompanhando o caso de perto. Se os fatos atribuídos a ele forem comprovados, não é aceitável que essa pessoa continue em um cargo no clube. Nos posicionamos contra qualquer forma de discriminação”, diz o texto.

Galtier vive um momento de pressão no Paris Saint-Germain. Assim como seus antecessores, não conseguiu levar adiante o sonho de conquistar a Liga dos Campeões. Além disso, o desempenho no Campeonato Francês tem oscilado, o que fez a vantagem sobre o vice-líder Lens cair para seis pontos.

Fonte: CNN Brasil