O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (1º) que a Suécia se juntará à Otan “em breve”. O comentário foi feito na Academia da Força Aérea dos Estados Unidos, dias depois de sugerir um possível acordo para superar a oposição da Turquia em admitir o país nórdico na aliança.

Biden, em um discurso de formatura com bandeiras em Colorado Springs, Colorado, alertou os graduados que eles entrarão no serviço em um mundo cada vez mais instável, citando desafios da Rússia e da China.

Na segunda-feira, Biden conversou com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan para parabenizá-lo por sua reeleição. A repórteres Erdogan repetiu o desejo de Ancara de comprar caças F-16 dos Estados Unidos, enquanto Biden instou Ancara a abandonar sua objeção à adesão da Suécia à Otan.

Biden disse que a Otan é mais forte, apesar da tentativa do presidente russo, Vladimir Putin, de quebrar a aliança com sua invasão da Ucrânia. É reforçado ainda mais, disse ele, pela recente admissão da Finlândia, “e em breve, da Suécia”. “Isso vai acontecer, eu prometo a você”, disse ele, mas não forneceu detalhes.

Na segunda-feira, Biden disse que falaria com Erdogan novamente em breve. A cúpula anual da Otan será em Vilnius, Lituânia, em julho.

Na terça-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, exortou a Turquia para finalizar imediatamente a adesão da Suécia à Otan, dizendo que o país já havia dado passos significativos para lidar com as objeções de Ancara à sua adesão.

A Casa Branca negou que Biden esteja buscando um acordo com a Turquia para retirar sua oposição em troca de F16s.

Biden deixou claro que os Estados Unidos não recuariam diante do desafio colocado pela China em meio a profundas tensões no relacionamento.

“Os Estados Unidos não buscam conflito ou confronto com a China. A China e os Estados Unidos devem ser capazes de trabalhar juntos onde pudermos para resolver alguns desafios globais, como o clima”, disse ele.

“Mas estamos preparados para uma competição vigorosa”, disse ele, acrescentando que os Estados Unidos defenderão seus interesses e os de seus parceiros.

O presidente enfatizou o apoio dos EUA à Ucrânia na guerra com a Rússia. “O apoio do povo americano à Ucrânia não vai diminuir”, disse Biden.

(Publicado por Fábio Mendes)

Fonte: CNN Brasil