Um médico da embaixada alemã em Moscou foi o responsável por fazer um teste de coronavírus em Olaf Scholz na sua chegada à Rússia nesta terça-feira (15), disse uma fonte do governo alemão antes da reunião entre o chanceler alemão e o presidente russo Vladimir Putin.

Scholz se dirigiu a Moscou em uma missão de alto valor a fim de evitar uma guerra, com o maior parceiro comercial da Rússia na Europa alertando sobre sanções de longo alcance se a Rússia atacar a Ucrânia.

O teste PCR foi realizado a bordo do avião que pousou em Moscou, disse a fonte, acrescentando que a chancelaria havia oferecido à Rússia a oportunidade de enviar alguém para observar o procedimento.

O presidente francês Emmanuel Macron recusou, na semana passada, um pedido do Kremlin para fazer um teste de Covid-19 russo quando chegou para ver Putin para evitar a chance da Rússia obter o DNA de Macron, duas fontes na comitiva de Macron disseram à Reuters.

Como resultado, o chefe de Estado francês visitante foi mantido à distância do líder russo durante longas conversas sobre a crise da Ucrânia. Scholz também sentou-se distante de Putin ao longo da reunião desta terça.

Após a reunião, ambos concederam uma coletiva de imprensa na qual afirmaram não desejar uma nova guerra na Europa.

Na coletiva, Olaf Scholz afirmou que a Alemanha e outros aliados europeus classificam toda a movimentação de tropas russas nas fronteiras como “uma ameaça”.

“Não enxergamos o motivo desse acúmulo de militares na região, por isso temos esse acúmulo de tensões, e é importante que evitemos isso para não termos uma guerra na Europa”, disse o chanceler.

Os russos, por sua vez, negam que haverá uma invasão, mas pedem que a Otan afaste-se da Ucrânia e de suas intenções de tornar o país fronteiriço mais um de seus membros no continente.

*Com informações de Giovanna Galvani, da CNN

Fonte: CNN Brasil