Uma reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), desta terça-feira (20), terminou sem definição sobre a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre comércio eletrônico, depois do pedido de vista do governo de São Paulo.

Integrantes da reunião relataram à CNN que o pedido de vista de São Paulo foi visto com “estranheza”, já que se pensava que havia um consenso na questão. A justificativa teria sido técnica, com pedido de mais tempo para estudar o assunto.

A CNN entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Fazenda e Planejamento do estado de São Paulo para saber mais sobre os motivos do pedido de vista, mas até o fechamento desta reportagem, não houve resposta.

A discussão envolve a adoção de uma alíquota de 17% no ICMS por todos os estados, em operações de importação por comércio eletrônico em remessas por correio. A ideia é integrar a operação dos fiscos estaduais e federal.

Os defensores da uniformização dizem que a adoção da mesma alíquota simplifica o sistema, dá agilidade ao processo de importação e proporciona competitividade à produção nacional.

Atualmente, as mercadorias são tributadas no controle aduaneiro. Depois, o consumidor é notificado e após pagar os tributos, a compra é liberada.

Se a uniformização fosse adotada, a mercadoria que está em conformidade já seria tributada na hora da compra e não seria retida.

O Confaz precisa de unanimidade para aprovar medidas, caso contrário há veto. O Conselho é formado pelos secretários de Fazenda dos estados e Distrito Federal, além  de integrantes do Ministério da Fazenda.

O colegiado é responsável por fazer convênios por concessão ou revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais e financeiros tributários.

A reunião interrompida nesta terça-feira, após o pedido de São Paulo, será retomada nesta quarta-feira (21), às 14h.

Fonte: CNN Brasil