Dois grupos de civis foram evacuados das proximidades da siderúrgica Azovstal sitiada em Mariupol no sábado (30), disseram agências de notícias estatais russas.

Um total de 46 pessoas deixaram “edifícios residenciais adjacentes ao Azovstal” e “receberam acomodação e alimentação”, disseram a TASS e a RAI Novosti, citando o Ministério da Defesa russo.

As agências russas não divulgaram para onde os evacuados estavam sendo levados.

Neste domingo (1º), um comandante ucraniano dentro da usina disse que alguns civis foram retirados da siderúrgica após a introdução de um cessar-fogo.

O capitão Svyatoslav Palamar, vice-comandante do Regimento Azov, disse que o cessar-fogo, que deveria começar às 6h, horário local, acabou começando às 11h, horário local.

Palamar disse que 20 mulheres e crianças foram levadas para o “ponto de encontro acordado”, na esperança de que fossem evacuadas para o “destino acordado” de Zaporizhzhia, uma cidade controlada pela Ucrânia no sudeste do país.

Algum contexto: com a usina sujeita a bombardeios russos pesados ​​nas últimas semanas, acredita-se que haja centenas de pessoas – dezenas delas feridas – dentro do complexo siderúrgico.

Yuriy Ryzhenkov, CEO da Metinvest Holding, proprietária da fábrica, disse à CNN na sexta-feira que pelo menos 150 dos 11.000 funcionários da fábrica foram mortos e milhares continuam desaparecidos.

Imagens angustiantes compartilhadas por soldados ucranianos na semana passada, supostamente filmadas na vasta rede de túneis sob a usina, mostraram mulheres e crianças vivendo no subsolo em um porão escuro e úmido.

Nos vídeos, uma mãe disse que não vê o sol há semanas e em breve ficará sem comida. Uma velha, com a cabeça enfaixada e ensanguentada, treme em um catre. Um bebê usa um saco plástico preso com fita adesiva ao redor de sua cintura pequena – não há fraldas.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil